Governo vai pedir urgência na votação do Marco Civil no Senado

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 15/04/2014 às 17:53

Foto: Agência Brasil. Foto: Agência Brasil.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, informou nesta terça (15), que os líderes da base do governo deverão apresentar ainda hoje um pedido de urgência para que o Marco Civil da Internet seja votado imediatamente pelo Plenário.

O projeto, que define direitos e deveres de internautas e provedores, está em discussão nas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) e Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

Mas o governo quer aprovar a lei imediatamente, a fim de apresentá-la em um evento sobre governança na internet na próxima semana.

Segundo Renan Calheiros, o Plenário já pode votar o marco civil. "No que depender de mim, vai. Combinei uma conversa com os líderes partidários para tentarmos votar o requerimento de urgência. É preciso que seja votado esse requerimento para que tenhamos a tramitação desta matéria", disse.

Já o vice-líder do PSDB, Senador Alvaro Dias (PR), discorda dessa pressa. "A Câmara teve tempo, discutiu, analisou, alterou. O Senado não pode apenas ser chancelaria da Câmara dos Deputados ou do governo. Temos que aprofundar uma discussão sobre esse assunto", afirmou.

Ainda nesta manhã, Renan Calheiros confirmou que o Plenário do Senado vai analisar a decisão da CCJ favorável à ampliação da CPI da Petrobras para investigar também denúncias contra os governos de São Paulo e Pernambuco.

Renan também vai ler na sessão do Congresso dois pedidos de CPI mista da Petrobras. O presidente do Senado espera uma decisão do Supremo Tribunal Federal sobre mandados de segurança concernentes ao assunto. "É um caso inédito. Até agora o Supremo, em nenhum momento, tratou da criação de CPI com fatos múltiplos, se esses fatos múltiplos precisam ter nexo entre eles ou não. Essas coisas deverão ser decididas de maneira inédita pelo STF", disse. [Da Agência Senado]