O jogo Oniken, da produtora Desura (Foto: Divulgação).
Brasil é o quarto maior consumidor de games no mundo, mas está bem atrás de outros países na produção
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apresentou nesta quarta (2) uma pesquisa sobre games e políticas públicas para o setor.
O trabalho foi conduzido pela Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP) e durou 12 meses. Foram ouvidas 133 empresas nacionais de desenvolvedores de games, o que permitiu a formatação de um censo da indústria brasileira do setor e a elaboração de um glossário contendo o vocabulário de jogos digitais.
Atualmente o BNDES não possui uma linha de investimento específica para games, mas os empreendedores podem pedir aportes financeiros baseados nos financiamento já existentes.
O estudo traz também propostas de políticas públicas para a indústria de games em relação à capacitação de recursos humanos, acesso a financiamentos, criação de ambientes de negócios e geração de demandas indutoras do consumo. Uma das conclusões foi o atraso do Brasil em relação aos seus concorrentes.
O jogo Dungeon Land, da Paradox (Foto: Divulgação).
Segundo o BNDES, apesar de ser o quarto mercado consumidor de games em todo o mundo, estamos atrás de grandes rivais como Estados Unidos, Canadá, França, Coreia do Sul, Japão e China. Em todos esses países citados existem políticas públicas para o fomento da indústria.
Uma das políticas públicas propostas pelo BNDES está a geração de demandas por meio de compras públicas, o que já acontece com outros setores, como literatura. Também foi sugerido que as empresas locais criem franquias com possibilidade de gerar interesse nacional e internacional. O órgão ainda cita como possível melhoria para o setor a criação de um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Jogos Digitais.