Co-fundadores do WhatsApp tentaram emprego no Facebook anos atrás

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 20/02/2014 às 15:30

Os fundadores do WhatsApp, Brian Acton (E) e Jim Koum (D): ironia do destino (Foto: Reprodução/BrunchNews). Os fundadores do WhatsApp, Brian Acton (E) e Jim Koum (D): ironia do destino (Foto: Reprodução/BrunchNews).

Os bastidores da compra do WhatsApp esconde histórias de superação e muita ironia. Um dos mais populares comunicadores do mundo, com 450 milhões de usuários, foi vendido nesta quarta (19) por US$ 19 bilhões de dólares (cerca de R$ 45 bi).

Um dos fundadores, Brian Acton, tentou arrumar no emprego no Facebook, em 2009, mas foi rejeitado. Ele chegou a postar a triste notícia no Twitter, empresa onde também tentou a sorte, sem sucesso. Acton conheceu o outro fundador do WhatsApp, Jan Koum quando ambos trabalhavam no Yahoo!, entre 2000 e 2007.

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Jam Koum nasceu na Ucrânia em 24 de fevereiro de 1976 e emigrou para os EUA com a mãe quando tinha 16 anos. Como passavam necessidades financeiras, se inscreveram no serviço social para imigrantes. A história dele é bem diferente da maior parte dos fundadores bem-sucedidos do Vale do Silício, como Mark Zuckerberg, Bill Gates, Larry Page, entre outros, que em geral vieram de famílias ricas ou cujos pais passaram por universidades renomadas.

Depois de trabalhar como faxineiro durante a adolescência em um pequeno mercado para ajudar em casa, Kim conseguiu uma vaga na Universidade de San José, mas não chegou a concluid o curso.

Em 2009, dois anos depois de tentarem emprego em diversas startups, a dupla criou o aplicativo WhatsApp. A ideia era possibilitar o envio de mensagens de texto via internet de maneira mais prática e que se aproximasse dos SMS. Lançado primeiro para iPhone, o app se tornou um sucesso, sobretudo pela possibilidade de criação de grupos - na prática, uma rede social privada entre amigos.

Com um crescimento vertiginoso, o aplicativo foi sondado por diversas empresas, em frequentes tentativas de compras. Segundo a Forbes, a maior oferta foi dada pelo Google, que ofereceu 10 bilhões de dólares.

Os números do WhatsApp impressionam: com 450 milhões de usuários, o app tem 72% de pessoas que usam o serviço diariamente. Ao todo são 50 bilhões de mensagens todos os dias, o que supera o número de SMS trafegado no mundo.

Mais recentemente, o app ofereceu o serviço de envio de áudio. De fotos, incluindo antes, são 500 milhões enviadas por dia. E tudo isso sem investir um único centavo em promoção.