#CPBr7: Firefox OS quer lutar contra monopólios na web e espionagem eletrônica

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 30/01/2014 às 18:28

Andreas Gal defendeu uma web sem monopólios (Foto: William Alves/Divulgação.) Andreas Gal defendeu uma web sem monopólios (Foto: William Alves/Divulgação.)

SÃO PAULO - A Mozilla Foundation foi uma presença de peso na Campus Party deste ano. A fundação, que não tem fins lucrativos, promoveu o seu sistema operacional móvel, o Firefox OS. Segundo o vice-presidente de mobile Andreas Gal, o sistema vai tentar combater o duopólio do Android e iOS, que dominam aparelhos em todo o mundo. E um dos principais campos de batalha dessa guerra será o Brasil.

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Segundo Gal, o Brasil é estratégico para se lançar em mercados emergentes como a América Latina. A marca também concentra seus esforços na Ásia e Europa Oriental. O Firefox OS é feito em código aberto, assim como o navegador de mesmo nome. Ele é todo construído em HTML5, linguagem mais moderna hoje disponível na internet.

O Brasil é líder na construção da plataforma no mundo. Em diversos momentos da Campus Party, a Mozilla apresentou palestras sobre desenvolvimento do sistema e tentou instigar usuários e programadores para embarcarem no sistema operacional. No ano passado, na Campus Party Recife, um hackaton foi realizado para criar aplicativos para o OS. Um dos diferenciais, diz a fundação, é que o Firefox OS pode driblar com mais eficácia a espionagem eletrônica. Isso por que como é feito colaborativamente, a vigilância passa a ser maior.

Andreas Gal criticou a concorrência. "Um sistema como o do Android e iOS não podem ser chamado de abertos, pois apenas uma empresa controla tudo." A Mozilla foi fundada nos anos 1990 e luta desde então contra a web livre. Sua luta mais conhecida foi contra o monopólio da Microsoft, que embarcava o seu sistema Internet Explorer nos computadores com Windows.

A empresa também foi uma das primeiras a trazer mais transparência nos códigos de programação de navegadores. O novo Firefox OS está sendo feito em parceria com a Telefonica Vivo e foi lançado primeiro na Espanha no ano passado. Para Gal, o fim do duopólio também é bom para as operadoras de telefonia. "Os aparelhos que rodam a plataforma apresentam mais performance, mesmo com menos hardware", disse. Celulares com o sistema também são mais baratos.

* Viajou a convite da Telefonica/Vivo..