NSA usou até Angry Birds para espionar usuários pelo mundo através do celular

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 28/01/2014 às 15:03

Os passarinhos agora tem mais um motivo para ficarem furiosos (Foto: Divulgação) Os passarinhos agora tem mais um motivo para ficarem furiosos (Foto: Divulgação)

Novas revelações envolvendo a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) foram divulgadas nessa segunda (27). Segundo documentos vazados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden, a agência usou aplicativos de smartphones para coletar dados dos usuários. Até o jogo "Angry Birds", que já foi baixado mais de 1 bilhão de vezes, foi utilizado. As informações foram publicadas nos jornais The New York Times e The Guardian.

A NSA tenta desde 2007 usar aplicativos como porta de entrada para sua espionagem. Em um documento datado de maio de 2010, a agência cita os apps como "sementes de ouro". Ele buscou modos de exportar dados do Google Maps, Twitter, Facebook, Flickr, LinkedIn e jogos como "Angry Birds".

Os documentos não revelam quantos usuários foram espionados ou se cidadãos norte-americanos foram alvo, o que violaria a Constituição dos EUA. Em resposta à mais essa denúncia, a NSA se limitou a dizer que nenhum perfil do "americano comum foi alvo das missões de inteligência estrangeira".

Os dois jornais disseram que a NSA agiu em parceria com a agência de espionagem britânica e teria coletado secretamente dados como raça, sexo, idade, localização geográfica, estado civil e até orientação sexual das pessoas.

A Rovio, que fabrica o "Angry Birds", negou tenha colaborado de alguma maneira com qualquer agência de espionagem. E disse que coleta dados do usuário apenas para que empresas de publicidade enviem anúncios. "A confiança de nossos fãs é o mais importante e levamos a privacidade muito a sério", disse em comunicado o executivo-chefe da Rovio, Mikael Hed.