Como aproveitar o Black Friday Brasil

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 27/11/2013 às 16:54

Foto: Reprodução/ClearSale Foto: Reprodução/ClearSale

Em 2012, o Black Friday foi marcado por denúncias contra lojas que maquiaram os preços de produtos, sendo até chamado de "Black Fraude". Ainda assim, as vendas foram altas, chegando a movimentar R$ 217 milhões. Este ano, o evento acontece na próxima sexta-feira (29/11) e espera-se um faturamento ainda maior, com a participação de cerca de 120 lojas virtuais com descontos de até 80%.

Nos Estados Unidos, o Black Friday já é tradição: todos os anos, no dia seguinte ao feriado de Ação de Graças, o país é tomado por enormes descontos e multidões nas lojas querendo aproveitá-los. No Brasil, o conceito foi introduzido em 2010 e se concentra nas compras online. O idealizador da versão nacional foi o CEO do Busca Descontos, Pedro Eugênio, atraindo um número maior de lojas participantes a cada ano.

Este ano, estão participando empresas de segmentos variados, desde tecnologia (HP, Dell, Sony) a moda (Colcci, Hering, Marisa), passando por grandes lojas como Lojas Americanas, Submarino, Magazine Luiza, Walmart, Casas Bahia e Saraiva. Outros destaques são TAM, Ri Happy, Accor Hotels, Tim e Fnac. A lista completa pode ser conferida no site oficial do evento.

Para os consumidores, a boa notícia é que a organização do evento planejou ações para evitar as fraudes verificadas no ano passado. As medidas incluem um filtro que permite a comparação da média histórica dos preços dos produtos no site oficial. Se houver discrepâncias, os organizadores garantem que as ofertas serão barradas automaticamente.

Também estão sendo usados selos de autenticidade para as lojas participantes, parcerias com instituições para denúncia pelos consumidores e um código de ética criado pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net). As lojas que aderirem às normas vão receber um selo oficial, e caso descumpram alguma regra receberão punições que vão desde advertências até a exclusão do evento.

O site Reclame Aqui também vai participar do Black Friday Brasil. Se um cliente quiser denunciar uma loja por maquiagem de preços, falta de qualidade no atendimento ou outros problemas, poderá fazê-lo através do botão "Denuncie" disponível no site oficial do Black Friday.

Além disso, a Serasa Experian vai disponibilizar acesso gratuito ao VocêConsulta Empresas, entre os dias 29 de novembro e 1 de dezembro, para permitir que os consumidores consultem gratuitamente informações sobre as empresas. O VocêConsulta Empresas fornece dados sobre a situação do CNPJ da empresa, razão social, ocorrência de protestos, cheques sem fundo, ações judiciais, endereço, falências e a existência legal da companhia consultada.

Para usar o serviço, basta clicar em https://portal.serasaconsumidor.com.br/vce e digitar o CNPJ da empresa que quer consultar. Você encontra essa informação no rodapé do site de cada empresa ou nas seções "quem somos" ou "fale conosco". Desde maio deste ano, o decreto federal 7.962/13, que regulamenta o Código de Defesa do Consumidor, obriga as lojas virtuais a exibirem em suas páginas na internet dados como nome, endereço e CNPJ.

Outra dica é conferir a lista de sites a evitar preparada pelo Procon-SP. A lista foi atualizada este mês e compila os endereços de lojas que apresentaram irregularidades, principalmente em relação à falta de entrega dos produtos.

Mais um recurso para facilitar a vida dos compradores é o pré-cadastro, que pode ser feito na página evitando a necessidade de se registrar nos sites no dia do evento, quando há muitos acessos e podem ocorrer contratempos. Quem desejar pode se cadastrar para receber novidades sobre o evento e comprar com um só clique, poupando tempo.

Também é possível usar recursos adicionais para comparar preços, como a extensão para Chrome Baixou Agora. O complemento monitora mais de 30 lojas e mostra o histórico das dez últimas atualizações de preços do produto pesquisado, verificando mudanças de valor a cada hora.