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A Sony lançou nesta sexta-feira (15/11) seu esperado videogame PlayStation 4 (PS4), tentando conquistar os consumidores ao oferecer inovações técnicas e maior interatividade na internet e nas redes sociais.
O PS4, sucessor do PlayStation 3 lançado em 2006, acaba de chegar às lojas nos Estados Unidos e no Canadá, e em 29 de novembro vai à Europa e América Latina, incluindo o Brasil. No Japão, o console só estará disponível em fevereiro de 2014, devido ao atraso no desenvolvimento de jogos.
O analista Scott Steinberg, da consultora TechSavvy Global, disse à AFP que o lançamento ajudaria a "sedimentar a nova posição dos consoles em um mundo cada vez mais marcado pela presença dos smartphones, tablets e jogos gratuitos, sociais e online".
O lançamento do novo console acontece uma semana antes da saída do XBox One, da Microsoft, grande rival da Sony. Custando 399 dólares no mercado americano, o PS4 é mais barato do que o Xbox One, de US$ 499.
"Com o PS4, queríamos fazer um dispositivo com alto desempenho a um preço baixo, para que haja um em todas as salas do mundo", explicou à AFP Adam Boyes, vice-presidente da Sony Computer Entertainment America. No entanto, já foi anunciado que no Brasil o produto vai custar R$ 3.999, o que já provocou muitas reclamações.
"Criamos uma máquina que pode fazer coisas incríveis", disse Boyes ao apresentar o console à AFP. "Como um canivete suíço, mantemos o que de melhor nós aprendemos com os dispositivos móveis para colocá-lo no console".
Além das capacidades técnicas do PS4, as possibilidades de interação em redes sociais têm aumentado significativamente nesta nova geração: um botão no joystick serve para compartilhar no Facebook pequenos vídeos ou imagens dos jogos.
O PS4 também oferece aos jogadores a oportunidade de convidar seus contatos nas redes sociais para seguir suas façanhas ao vivo via streaming em plataformas específicas.
Os desenvolvedores de jogos têm comemorado as melhores oportunidades técnicas oferecidas pelo PS4. "É claro que os jogos serão ainda mais surpreendentes e realistas no futuro", ressaltou Sylvain Trottier, da editora francesa Ubisoft, que é responsável pelo desenvolvimento do bem-sucedido "Assassins Creed: Black Flag" para a nova geração de consoles.
"Podemos fazer muito mais com a nova geração de consoles", disse Daniel Suarez, da Activision, o editor de "Call of Duty: Ghosts". "Pouco a pouco, a medida que os desenvolvedores se acostumam a estes sistemas, em colaboração com a Sony e a Microsoft os jogos vão evoluir e se tornar mais interessantes, mais divertidos de jogar", prevê.
Estes novos consoles vão abrir portas, assegurou, dando o exemplo de jogos com sistemas de realidade virtual, sistemas de controle de movimento melhorados e outras inovações.
De acordo com o vice-presidente da Sony Computer Entertainment America, a crescente popularidade dos jogos online vai mudar profundamente o setor, mas espera-se que os consoles sobrevivam.
"Os jogos para celulares são como 'lanches'. Nós gostamos de comer um pequeno saco de batatas fritas, mas não contamos a ninguém que nós comemos e sentimos um pouco de culpa", comparou Boyes. "Mas todo mundo quer um verdadeiro jantar. E o jantar real é um PlayStation em uma TV". [Da AFP]
