Ana Maria Braga atropelada por carro inteligente é péssimo para as pesquisas brasileiras

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 22/04/2013 às 15:49

O acidente da apresentadora Ana Maria Braga, da TV Globo, com um carro automático, foi um dos assuntos mais comentados das redes sociais esta manhã. Além da chacota, o "atropelamento" é péssimo para as pesquisas brasileiras com veículos inteligentes.

O projeto foi desenvolvido por estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo e usa uma tecnologia brasileira para carros sem motorista. O veículo utiliza sensores que possibilitam a condução remotamente. Por causa de um comando incorreto, o carro engatou ré com as portas abertas e derrubou a apresentadora no chão.

anamaria

O programa foi retomado logo em seguida, mas o estrago já estava feito. A TV Globo correu para retirar do YouTube vídeos com o acidente, mas a velocidade com que os usuários postam novas versões é muito rápida.

Segundo Alberto de Souza, professor-coordenador do projeto, o carro teve o sistema desligado sem que o freio de mão estivesse ativo.

Como funciona o carro inteligente da UFES

O veículo controlado por computador tem GPS, câmeras e sensores instalados e foi desenvolvido para melhorar a acessibilidade no trânsito. Deficientes físicos, visuais, idosos com problemas de locomoção.

O computador instalado no carro interpreta dados com um processador potente (equivalente a 30 notebooks), o que o torna seguro. Segundo o blog da UFES, os computadores acoplados no veículo fazem escaneamento do local onde está passando através de um laser. Assim, é possível se desvencilhar de obstáculos e realizar manobras. Ele também obedece aos semáforos e respeitam a velocidade da via.

O carro, em resumo, é um robô que entende o mundo através da visão captadas por câmeras e sensores laser. "Isso é possível devido às nossas pesquisas em sistemas inteligentes, que imitam aspectos do comportamento inteligente humano, como aprendizado, percepção, raciocínio, evolução e adaptação", disse o professor Alberto Ferreira de Souza, da UFES. [Via Globo, UFES]