Membro do Anonymous na Inglaterra é condenado por atacar PayPal

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 25/01/2013 às 14:09
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Um estudante britânico considerado culpado, em dezembro, por um tribunal londrino, por ter participado dos ciberataques reivindicados pelo grupo Anonymous contra o PayPal, sistema para pagamento eletrônico do grupo americano de comércio eBay, foi condenado nesta quinta-feira (24) a 18 meses de prisão. As informações são da AFP.

Em 6 de dezembro,o júri do Tribunal de Southwark reconheceu Christopher Weatherhead, 22 anos, culpado de "conspiração com o objetivo de perturbar o funcionamento dos computadores, infringindo a lei penal de 1977".

Três outros homens foram considerados culpados neste caso. Ashley Rhodes, de 28 anos e habitante do sul de Londres, foi condenado a sete meses de prisão. Peter Gibson, de Hartlepool, (noroeste da Inglaterra), foi condenado a seis meses com sursis. Jake Birchall, de 18 anos e residente de Chester (noroeste da Inglaterra) ainda será julgado.

O promotor havia indicado que os ataques do grupo de hackers contra o PayPal, MasterCard e outras empresas que decidiram suspender as doação ao WikiLeaks, custaram ao PayPal 3,5 milhões de libras (4,3 milhões de euros) em receitas perdidas e custos para atualizar seus sistemas de informática.

Acusado de ter participado nesta campanha, entre agosto de 2010 e janeiro de 2011, quando ainda era estudante da Universidade de Northampton (centro da Inglaterra), Christopher Weatherhead negou as acusações.

Ele usava o pseudônimo "Nerdo" e foi apresentado ao tribunal como um dos principais hackers desses ataques cibernéticos. Em sua "Operação Payback" ("Operação Vingança"), o Anonymous também atacou empresas da indústria fonográfica e opositores do download de músicas na internet, além de uma boite de Londres.

O procurador Sandip Patel afirmou que Christopher Weatherhead e outros membros do Anonymous realizaram uma "campanha sofisticada e orquestraram ataques online que paralisaram vários sistemas". "Estes ataques causaram incômodos sem precedentes", acrescentou.