Cuidado com a #BlackFraude: internautas brasileiros denunciam descontos enganosos

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 23/11/2012 às 15:48
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Costume copiado dos EUA, o Black Friday chegou ao Brasil este ano com força e forte campanha midiática. Mas, ao contrário das lojas, a data não parece uma vantagem muito grande para os consumidores. A hashtag desta sexta (23) chama atenção para o #BlackFraude. O problema é o mesmo do ano passado: os sites de vendas estão inflando os preços para parecerem mais baratos.

Como disse @rics_lombardi, "#BlackFriday - Tudo pela metade do dobro do preço anterior". Em 2011, Wal-Mart e Fast Shop foram autuados pelo Procon por prática de publicidade enganosa.

A web brasileira também aproveita para fazer chacota com o costume brasileiro de se apropriar com orgulho de costumes alheios (nos EUA, a Black Friday acontece um dia após o Dia de Ação de Graças, há mais de 50 anos). A maioria faz piada na internet com promoções que não são tão espetaculares assim.

A Americanas.com é a mais comentada com produtos em desconto: um Tic Tac Cobreado da Kendra (um ~incrível~ prendedo de cabelo) e até um Nokia 3310 (o estoque estava esgotado quando acessamos a página). Segundo entrevista à ÉpocaNegócios, Pedro Eugênio, CEO da BuscaDescontos, um dos organizadores da #BlackFriday brasileira reconheceu que alguns participantes maquiaram preços. "É um absurdo, é lamentável", disse.

Explicamos algumas táticas para verificar se o site está realmente dando descontos. Uma das melhores dicas é acessar sites como JáCotei e Baixou, que mostram o preço real dos produtos em relação ao tempo em que estão à venda.

https://twitter.com/samara7days/status/271814137984737280

https://twitter.com/MuriloGun/status/271945704916787201

Segundo a e-bit, o comércio brasileiro este ano deve movimentar R$ 150 milhões nesta Black Friday, um aumento de 50% em relação ao ano passado.

Passado o frenesi da BlackFriday, o melhor tuíte sobre a data, em nossa opinião, foi este aqui.