#SMWSP: Na internet, ninguém tem direito a ficar triste, dizem especialistas em social media

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 26/09/2012 às 17:44
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"Você já viu alguém triste no Facebook? Alguém dá check-in no Foursquare quando está na parada de ônibus? Foram essas provocações que surgiram em uma das mesas mais lotadas da Social Media Week, que acontece em São Paulo. Num mundo que preza a felicidade e a positividade acima de tudo, ninguém tem o direito de ficar triste.

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Vide o exemplo do meme #chatiado, que trata de forma pejorativa quem reclama de algo ou está incomodado. "Nas redes sociais de hoje, o agente sedutor é ser feliz", diz Thiago Magalhães, Analista de Consumer Insights e Social Media do Ibope.

"Hoje, as redes sociais são mais sociológicas do que tecnológicas. Vivemos um cultura do like, não existe um botão 'deslike', por exemplo", diz Magalhães. É este um dos motivadores pelos quais as pessoas postam, se expõem nas redes sociais. Ari Meneghini, Diretor Executivo do IAB Brasil, diz que as mídias sociais vivem o mote do "confesso, logo existo". "Tudo começou com os álbuns de fotografia. As pessoas sempre sentiram a necessidade de mostrar aos outros o que estavam vivendo, extrapolar o ego".

Segundo André Freitas, Head de Business Development da Comscore, a "mídia social é uma digitalização de relacionamentos que já existem".

Foto: Paulo Floro/NE10

Economia

NA terça, uma palestra tratou também da felicidade. Martha Gabriel, Diretora de tecnologia da New Media Developers, mostrou uma nova tendência, conhecida como "economia da felicidade". Essa teoria defende que, ao invés de focarmos nas "coisas", deveríamos buscar a felicidade e bem-estar para melhorar a produtividade. "Dinheiro não é tudo". Gabriel falou como as empresas devem se preparar para lidar com o consumidor que coloca felicidade a frente do consumo.