Brasileiro usa internet no banheiro, em funerais e discute religião e esportes na rede

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 10/09/2012 às 15:22
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Foto: Getty Images

Brasileiros usam a internet no banheiro e discutem bastante nas redes sociais. É esse o resultado de uma pesquisa, encomendada pela Intel, sobre os hábitos dos usuários de dispositivos móveis na rede em oito países: Australia, China (apenas adultos), França, Índia, Indonésia, Brasil e Japão.

O Brasil é o país que mais discute religião na rede entre todos os lugares pesquisados: 39% dos entrevistados falam sobre o tema, seguido bem de longe pela Austrália (8%), França (3%) e Japão (1%). Eventos esportivos é outro assunto que mobiliza bastante internautas. 24% publicam conteúdo online durante as partidas.

A pesquisa, chamada de "Etiqueta Móvel", mostra que os brasileiros postam em qualquer horário e lugar. Além do banheiro (16%), usamos a internet no celular durante a exibição de um filme no cinema (14%), um encontro romântico (13%), na igreja (8%) e até mesmo em funerais (3%). Daqueles que postam de forma obsessiva, estão 22% dos entrevistados adolescentes e 16% entre os adultos.

E o que mais postamos? Segundo a pesquisa, citada pela Folha, as fotos são a maioria, com 68%, maior média entre os países. Além disso, publicamos dicas de compras (48%), análise de produtos (47%), e claro, esportes (41%).

Outra persona

Uma informação que chama atenção na "Etiqueta Móvel" é o fato do grande número de brasileiros que admitem ter uma personalidade diferente da vida real. Foram cerca de 33% dos adultos. Outros 23% disseram ter postados informações falsas.

No geral, a pesquisa mostrou que a maioria dos adultos e adolescentes compartilham informações pessoais na rede e se sentem mais conectadas com família e amigos por causa disso. Por outro lado, seis em cada dez entrevistados acreditam que as pessoas divulgam informações demais sobre si mesmas. A única exceção é o Japão.

A pesquisa foi conduzida online nos EUA em março e no resto dos países entre junho e agosto. Cerca de 2 mil pessoas - em cada país pesquisado - foram ouvidas.