Kodak escondeu um reator nuclear por 30 anos em sua sede nos EUA

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 14/05/2012 às 17:15
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Mais conhecida por seus produtos fotográficos, a Kodak abrigou durante cerca de 30 anos um reator nuclear em sua sede em Rochester, Nova York. A ideia era experimentar técnicas novas de revelação. O detalhe curioso é que a empresa fez tudo sem que as autoridades americanas soubessem.

O reator tinha o tamanho de um refrigerador popular e estava escondido em uma câmera subterrânea em um dos edifícios da Kodak. A empresa tinha mais de um quilo de urânio enriquecido, material usado para fabricação de armas nucleares.

Ninguém da vizinhança, nem as autoridades locais sabiam da existência do reator, ainda que ele apareça em alguns documentos federais. O material foi retirado de depósitos de máxima segurança em 2007, segundo o jornal Democrat & Chronicle.

Albert Filo, um antigo cientista da Kodak citado pela matéria do jornal disse que o reator era conhecido por todos, mas não foi bem divulgado. Não existem, por exemplo, registros públicos de anúncios sobre o reator. Ele também garantiu que não havia nenhum risco para o público nem para os funcionários e que a radiação não era verificada fora das instalações.

O Centro de Não-Proliferação de Armas Nucleares, classificou a descoberta como "estranha", já que empresas privadas não teriam acesso a esse tipo de material. A norte-americana Kodak pediu falência em janeiro depois de mais de 131 anos no mercado. Ela foi responsável pela popularização da fotografia em todo o mundo. [Via VentureBeat e Diário Digital]