Nokia Lumia chega ao Brasil para lutar contra domínio do Android e iPhone

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 22/03/2012 às 2:46
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Dois modelos do Lumia iniciaram vendas com eventos no Recife na noite dessa quarta

A Nokia quer reconquistar a dianteira no mercado de celulares. E as operadoras de telefonia no Brasil estão empenhadas nessa meta junto com a empresa. Chegam às lojas nesta quinta (22) os dois modelos do Lumia, 710 e 800, primeiros smartphones com Windows Phone 7.5 Mango a chegar ao país. TIM e Vivo realizaram eventos na noite de ontem no Shopping Center Recife para promover o lançamento.

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O sistema operacional Windows Phone chama atenção por trazer a interface "metro" do Windows 8, com os chamados azulejos ("ties"). Eles permitem uma maior personalização do aparelho e mais interação com redes sociais. Ainda que não tenha o mesmo apelo de vendas que seus concorrentes, a chegada deste novo OS ao Brasil bate de frente com a dominação do Android e do iOS, que dominam o mercado de smartphones hoje.

Os Lumia são poderosos o suficiente para concorrerem com os top de linha iPhone 4S e Samsung Galaxy S II, os dois celulares com melhor hardware disponíveis atualmente. Sobretudo o modelo 800, moldado em uma única peça de policarboneto e com tela AMOLED de 3,7 polegadas. Ele tem um processador Qualcomm de 1,4 GHz e memória de 16GB. A câmera tem 8 megapixels e conta com recursos nativos como reconhecimento de texto e leitor de código de barras e QRcode. O 710 é mais simples e mais barato, mas tem o mesmo tamanho de tela, câmera de 5megapixels e memória de 8GB.

"Esse produto é nossa principal aposta no momento. E o Nordeste é estratégico para nós, pois vem crescendo bastante no consumo de smartphones", disse ao MundoBit , Januário Netto, coordenador de operações da Nokia no Norte/Nordeste. Perguntado sobre o motivo da demora da empresa em bater de frente no segmento dos celulares inteligentes, ele disse que o que para muitos parecia atraso, para a companhia era questão de estratégia. "De fato, ficamos um tempo fora do mercado, mas com essa parceria com a Microsoft já estamos vendo uma penetração boa em mercados concorridos como os EUA", disse.

Para as operadoras, uma terceira opção é interessante para atrair mais consumidores interessados nos smartphones. "Há uma expectativa muito grande das pessoas com a Nokia, por ser um celular muito conhecido e de boa usabilidade", explicou o diretor regional da Vivo, Rene Sergio Ruszki. "A Nokia teve uma grande repressão de mercado, mas é uma empresa que tem um público fiel", explicou Flávia Mello, coordenadora de vendas das lojas próprias da TIM no Norte/Nordeste.

As apostas são grandes de todos os envolvidos. Resta saber se a Nokia vai reconquistar o prestígio que um dia já teve sobre todas as marcas de celulares.