Rodrigo Cunha e Adrian Arnaud, diretores do Neurotech (Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem)
O Jornal do Commercio deste domingo trouxe uma matéria bem legal sobre a empresa pernambucana Neurotech, implantada no Porto Digital, escrita pela colega Angela Belfort.
Do Jornal do Commercio
Na era da informática, um dos setores que mais está crescendo é o que usa a inteligência artificial. E se você pensa que este serviço está longe da sua realidade, basta lembrar que um dos mais usados é o Google. Ela também está nos jogos (usados do celular ao PlayStation) e nos sistemas que conseguem filmar e extrair informação de uma imagem, como, por exemplo, os números de uma placa de automóvel. "A inteligência artificial faz com que a máquina possa automatizar e sistematizar um conjunto de informações que ajudam na tomada de decisão", explica o diretor de operações da Neurotech, Rodrigo Cunha, doutor em inteligência artificial.
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Implantada no Porto Digital, a Neurotech apresentou um crescimento de 100% do seu faturamento em 2011, chegando a R$ 9 milhões. "Os nossos clientes bancam o projeto e depois que ele é implantado continuam pagando mensalmente pelo serviço", comenta o diretor de tecnologia da Neurotech, Adrian Arnaud, também doutor em inteligência artificial. A empresa tem 60 clientes e a expectativa de somar um faturamento de R$ 20 milhões em 2012.
Mesmo com a crise internacional, os diretores da empresa não estão revendo as suas metas para baixo. "Geralmente, a crise dá mais medo no mercado de cartão de crédito e esse tipo de cliente pode demandar mais serviço", comenta Rodrigo. Uma das soluções mais vendidas pela Neurotech é um software que pode analisar até 400 variáveis para auxiliar na decisão de uma empresa liberar um crédito ao cliente. Este serviço foi comprado por várias companhias que têm cartão de crédito. Outra solução desenvolvida pela empresa foi um sistema que mapeia o consumo das distribuidoras de energia, ajudando a detectar uma fraude. Feito para a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), agora este serviço é usado pela Energisa, na Paraíba.
A empresa iniciou um investimento de R$ 1 milhão para abrir mais uma expansão próximo a Praça Tiradentes, também no Bairro do Recife. As novas instalações devem ficar prontas em um ano e meio. Há mais de 10 anos, a Neurotech começou incubada do Centro de Estudos Avançados do Recife (Cesar). Em 2002, a Neurotech passou a funcionar como empresa. Atualmente, a companhia emprega 91 pessoas no Recife e a maior parte dos seus clientes está no Sul e no Sudeste. Além dos dois diretores que são sócios, a companhia tem mais três sócios fundadores: os professores Paulo Adeodato, Germano Vasconcelos e outro ex-aluno do Centro de Informática (CIn) da UFPE, Domingos Monteiro.
