#OccupyWallStreet: Com apoio do Anonymous e organizado online, protestos em NY seguem firme

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 26/09/2011 às 19:53

Mais uma série de revoltas começa a ganhar força através da internet mais uma vez. Depois de Londres, agora é Nova York que está sendo palco de protestos. Cumprindo a mesma agenda de outros cantos do mundo, o governo segue com sua repressão com força. Há nove dias em protesto, manifestantes estão em frente à Bolsa de Valores no que está conhecido como "Occupy Wall Street".

Um dos vídeos com maior repercussão mostra um policial atirando spray de pimenta nos manifestantes. A ocupação em Wall Street, centro da vida econômica dos EUA começou no último dia 17 deste mês e segundo o flash mob organizado, a ideia é criar algo parecido com o que houve na Praça Tahrir, no Egito.

A organização se deu no Facebook e no Twitter com a hashtag #OCCUPATIONWALLSTREET. A ideia dos manifestantes é pedir que o presidente Barack Obama crie uma comissão presidencial para diminuir a influência econômica nas decisões políticas de Washington. Potencializado pela internet e inflamado por conta das tensões sociais causadas pela instabilidade econômica atual, o Occupy Wall Street reclama também do aumento de impostos, desemprego, desigualdade tributária.

Segundo os organizadores, a ocupação faz parte de um movimento global que também ganhou repercussão em Madri e Barcelona. Foi organizado um site para incitar iniciativas parecidas em outros lugares, o OcuppyTogether.

Como aconteceu em outros movimentos parecidos este ano, o grupo de hackers Anonymous manifestou apoio. Eles já fizeram um vídeo com suas tradicionais máscaras de Guy Fawkes (iguais àquelas que aparecem no filme V de Vingança) convocando as pessoas a ocuparem Manhattan. O grupo ainda vazou dados pessoais do policial que aparece no vídeo atirando spray de pimenta.

Segundo o New York Times, 85 pessoas foram detidas. Na última semana, 16 delas foram detidas pela polícia por grafitarem muros e usarem máscaras de Guy Fawkes. É que um porta-voz ouvido pela agência EFE disse que há uma lei em Nova York de 1845 que proíbe duas ou mais pessoas de usarem máscaras em uma mesma concentração.