Ninguém tem dúvida de que movimentar o corpo faz bem em todas as fases da vida, especialmente na infância, fase em que a atividade física atua como promotora do desenvolvimento da socialização, de habilidades motoras e cognitivas. Recentemente, para alertar as famílias e os médicos sobre a importância do exercício na infância e na adolescência, a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou um guia com orientações adequadas até os 19 anos, considerando as etapas de crescimento e desenvolvimento infantojuvenil.
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Entre tantas recomendações apresentadas na publicação, de 14 páginas, uma é clássica: mais brincadeiras, mais saúde. E os especialistas não falam da diversão digital. Afinal, as telas de tablets e smartphones não ocupam o lugar da prática regular e supervisionada de atividades físicas. E elas devem ser prazerosas e apropriadas ao desenvolvimento das crianças, além de respeitar as limitações dos pequenos. Outro detalhe importante é que, enquanto um profissional de educação física ou professor de qualquer modalidade esportiva estimula a recreação através dos movimentos que fortalecem os músculos e os ossos, não deve existir um grande apelo à competição.
“Apresentada à criança de forma lúdica, a atividade física se torna prazerosa. E isso incentiva”, diz a empresária e professora universitária Ana Karina Lessa, proprietária da Academia Infantil Hora do Recreio. A unidade, localizada no bairro de Parnamirim, Zona Norte do Recife, recebe crianças de 2 a 12 anos. O método, colocado em prática por profissionais de educação física, estimula força, equilíbrio, coordenação, agilidade e flexibilidade.
A cada movimento, a garotada trabalha também a autoconfiança e autoestima (Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem)
A cada movimento, a garotada trabalha também a autoconfiança e autoestima. “As crianças se desenvolvem dentro do próprio limite. À medida que praticam os exercícios, percebemos evolução nas práticas que envolvem o pular, o sentar e o arremesso”, frisa Ana Karina. Com peças e equipamentos coloridos e acolchoados, o espaço também atende as crianças com deficiência, autismo e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade.
Todas as turmas são formadas de acordo com a faixa etária. Enquanto os menores desenvolvem atividades que estimulam o movimento, além da percepção de tempo e espaço, as crianças maiores fazem exercícios focados no treino cardiorrespiratório, na força e na flexibilidade. E assim, além de dar adeus ao sedentarismo, a turminha manda para bem longe a chance de aparecimento de problemas, como sobrepeso e obesidade, que colocam a saúde em risco.
