'Sem tratamento, glaucoma pode levar à cegueira', alerta oftalmologista

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 26/05/2018 às 12:07
"Sem tratamento, o paciente pode ficar cego. Por isso, a principal forma para a detecção precoce do glaucoma é ir frequentemente ao oftalmologista", destaca a oftalmologista Heloísa Leal, da Visio Clínica de Olhos (Foto: Divulgação)
"Sem tratamento, o paciente pode ficar cego. Por isso, a principal forma para a detecção precoce do glaucoma é ir frequentemente ao oftalmologista", destaca a oftalmologista Heloísa Leal, da Visio Clínica de Olhos (Foto: Divulgação) FOTO: "Sem tratamento, o paciente pode ficar cego. Por isso, a principal forma para a detecção precoce do glaucoma é ir frequentemente ao oftalmologista", destaca a oftalmologista Heloísa Leal, da Visio Clínica de Olhos (Foto: Divulgação)

Neste Dia Nacional de Combate ao Glaucoma (26), reforçamos que a doença é considerada a maior causa de cegueira irreversível no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo com a oftalmologista Heloísa Leal, da Visio Clínica de Olhos, o glaucoma é silencioso e precisa ser tratado o quanto antes. A médica esclarece as cinco principais dúvidas sobre o tema.

Confira:

1. O que é glaucoma?

É uma doença ocular capaz de causar cegueira, se não for tratada a tempo, e que não tem cura. O problema pode ser controlado com tratamento adequado e contínuo. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores são as chances de se evitar a perda da visão.

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2. Existem tipos diferentes de glaucoma?

Há glaucoma crônico de ângulo aberto, assintomático, que representa cerca de 80% dos casos e que é mais frequente em pessoas acima de 40 anos. Outro tipo é o glaucoma de ângulo fechado, caracterizado pelo aumento súbito da pressão intraocular e causado por uma alteração anatômica na região do ângulo da câmara anterior do olho. Ainda existe o glaucoma congênito, que é uma forma mais rara e acomete os recém-nascidos. E também tem o glaucoma secundário, que pode ser decorrente de outras doenças oculares ou sistêmicas, do uso de medicamentos como corticoides e de traumas oculares.

3. Quais são os fatores de risco?

Os principais são histórico familiar de glaucoma, idade a partir dos 40 anos, raça negra, diabetes, hipertensão arterial e alto grau de miopia. Pessoas que fazem uso crônico de colírios com corticoide também têm risco aumentado de ter a doença.

"Inicialmente, o tratamento do glaucoma é feito para reduzir a pressão intraocular, através de colírios de uso contínuo", frisa Heloísa Leal, da Visio Clínica de Olhos (Foto: Divulgação)

4. Quais são os sintomas?

É uma doença assintomática no início. A perda da visão só ocorre em fases mais avançadas do glaucoma e compromete primeiro a visão periférica. Depois, o campo visual vai estreitando progressivamente até se transformar em visão tubular. E sem tratamento, o paciente pode ficar cego. Por isso, a principal forma para a detecção precoce do glaucoma é fazer consultas frequentes ao oftalmologista para medir a pressão intraocular e fazer o exame de fundo de olho para avaliar o nervo óptico. O diagnóstico precoce pode evitar a progressão do glaucoma e complicações mais graves.

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5. Como é feito o tratamento?

Inicialmente, o tratamento tem como objetivo reduzir a pressão intraocular, através de colírios de uso contínuo. Existem também os tratamentos cirúrgico e a laser, que podem ser usados em alguns casos. O glaucoma não tem cura, mas tem controle. Por isso, as consultas frequentes ao oftalmologista não devem ser esquecidas.