Tomou a vacina contra gripe e adoeceu? Infectologista explica por que isso acontece

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 11/04/2018 às 17:10
(Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem)
(Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem) FOTO: (Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem)

Circula em Pernambuco (e em boa parte do Brasil) o vírus da gripe H3N2, que causou o surto nos Estados Unidos. Mas isso não é novidade no País. Há anos, o H3N2 vem percorrendo o País de forma cíclica e, mesmo oscilando, há a necessidade de prevenção constante, o que é feito anualmente através da imunização. Assim como o H1N1 e o influenza B, o H3N2 faz parte da composição da vacina, segundo destacou a sanitarista Ana Antunes, gerente de Prevenção de Doenças Imunopreveníveis da Secretaria Estadual de Saúde (SES), em entrevista ao programa Casa Saudável, na TV JC, na tarde desta quarta-feira (11). Na ocasião, o infectologista Paulo Sérgio Ramos, do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco e da Fiocruz Pernambuco, também explicou por que algumas pessoas, mesmo vacinadas contra gripe, terminam adoecendo por um dos vírus.

Veja como foi o programa:

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Nos Estados Unidos, o H3N2 infectou mais de 47 mil pessoas e provocou diversas mortes, principalmente de crianças e idosos.

Segundo o último informe epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, já são 13 os Estados brasileiros que registraram 57 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causados pelo H3N2, resultando em 10 mortes este ano, sendo três casos em São Paulo.

Entre os dias 23 de abril e 1º de junho, o Brasil realiza a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza. A vacina protege contra os três vírus: influenza A (H1N1), influenza A (H3N2) e influenza B. A imunização é voltada para idosos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, puérperas (mulheres que tiveram filhos a até 45 dias), trabalhador de saúde, professores, povos indígenas, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.

As medidas de prevenção para a gripe incluem: colocar sempre o braço para tossir e/ou espirrar nas pessoas (porque ao tossir/espirrar nas mãos a pessoa pode tocar em superfícies e passar o vírus), fazer a lavagem das mãos, evitar locais

fechados, principalmente população de risco e, aos primeiros sinais de sintomas,  procurar um médico.