HIV em crianças e adolescentes: Correia Picanço abre as portas para atender essa faixa etária

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 22/03/2018 às 10:03
Ambulatório de HIV especializado no atendimento de crianças e adolescentes funciona durante as tardes de quinta-feira, com capacidade para atender seis pacientes por dia (Foto: SES/Divulgação)
Ambulatório de HIV especializado no atendimento de crianças e adolescentes funciona durante as tardes de quinta-feira, com capacidade para atender seis pacientes por dia (Foto: SES/Divulgação) FOTO: Ambulatório de HIV especializado no atendimento de crianças e adolescentes funciona durante as tardes de quinta-feira, com capacidade para atender seis pacientes por dia (Foto: SES/Divulgação)

O Hospital Correia Picanço, no bairro de Tamarineira, Zona Norte do Recife, abre as portas do ambulatório de HIV especializado no atendimento de crianças e adolescentes de 0 a 17 anos. O serviço, que funciona nas tardes de quinta-feira, terá a capacidade para atender seis pacientes por dia. O acesso ao novo ambulatório deve ser feito por meio de encaminhamento de outros serviços.

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O ambulatório do Correia Picanço conta com uma equipe multiprofissional, formada por médico, enfermeiro, psicólogo e assistente social. Para chegar ao serviço, a criança ou adolescente deve ser encaminhado de alguma maternidade ou outro serviço de saúde. Filhos de pacientes já acompanhados na unidade de saúde também podem ser atendidos no novo serviço.

Assista a programa sobre HIV/aids (transmitido em 1º/12/17 pela TV JC):

No ato da consulta, além do papel do encaminhamento, é preciso comparecer ao hospital com o cartão SUS e certidão de nascimento da criança ou do adolescente e documento com foto do responsável. A marcação de consultas pode ser feita presencialmente, das 7h às 18h, ou pelo telefone 81 3184-3973, no mesmo horário, com o encaminhamento em mãos.

“Esse ambulatório trará uma importante contribuição na ampliação e melhoria na assistência ao paciente pediátrico com HIV no Estado de Pernambuco. O foco será no atendimento às crianças em investigação de mães que vivem com HIV ou pacientes que já tenham o diagnóstico fechado. No serviço, elas terão seu diagnóstico concluído e, se necessário, o acompanhamento de rotina para esse tipo de caso, inclusos os exames”, afirma a diretora da unidade hospitalar, Ângela Queiroz e Silva. Ela reforça que casos envolvendo abuso sexual continuam tendo como referência o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos, área central do Recife.

O Correia Picanço atende pacientes adultos vivendo com HIV desde 1986 (Foto: SES/Divulgação)

Ainda segundo a diretora do hospital, existe a possibilidade de ampliar o serviço. “O acolhimento a essas crianças é muito importante. A nossa equipe está preparada para receber esses casos. Começamos com o atendimento semanal, para seis crianças, mas se sentirmos a necessidade, temos a perspectiva de ampliação do serviço”, pontua Ângela.

Além do Correia Picanço, que atende pacientes adultos vivendo com HIV desde 1986, o Imip e o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc) continuam como referência para assistência do público menor de 18 anos. O Hospital Correia Picanço ainda é especializado na assistência de crianças com meningite.