Zika congênita: especialistas explicam como a audição se desenvolve nos primeiros mil dias de vida

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 15/03/2018 às 9:35
A pequena Beatriz Vitória, 2 anos e 2 meses, nasceu com perda auditiva nos dois ouvidos decorrente da infecção congênita pelo zika. Hoje, graças à reabilitação, só precisa de um barulhinho qualquer para se virar para o lado de onde vem o som (Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem)
A pequena Beatriz Vitória, 2 anos e 2 meses, nasceu com perda auditiva nos dois ouvidos decorrente da infecção congênita pelo zika. Hoje, graças à reabilitação, só precisa de um barulhinho qualquer para se virar para o lado de onde vem o som (Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem) FOTO: A pequena Beatriz Vitória, 2 anos e 2 meses, nasceu com perda auditiva nos dois ouvidos decorrente da infecção congênita pelo zika. Hoje, graças à reabilitação, só precisa de um barulhinho qualquer para se virar para o lado de onde vem o som (Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem)

A audição é valiosa para o amadurecimento da comunicação nos primeiros mil dias de vida e, por esse motivo, deve ser estimulada desde que o bebê está na barriga. Afinal, por volta da 25ª semana de gestação, esse sentido começa a se desenvolver. Naturalmente, as infecções que atingem a mãe durante a gravidez podem comprometer a saúde auditiva do bebê. Um dos primeiros achados da era zika, frutos de uma análise sobre as crianças expostas ao vírus intraútero, revelam que 5% delas têm algum grau de perda auditiva. A partir dessa constatação, especialistas passaram a considerar a infecção materna pelo zika mais um fator de risco para deficiência auditiva.

A pequena Beatriz Vitória, 2 anos e 2 meses, nasceu com perda auditiva nos dois ouvidos decorrente da infecção congênita pelo zika. Hoje só precisa de um barulhinho qualquer para se virar para o lado de onde vem o som. Nesta reportagem do terceiro dia do especial Zika em Mil Dias, destacamos que as atividades de reabilitação e o uso de prótese auditiva têm ajudado Beatriz a avançar nas habilidades comunicativas.

Agora, quando parte dos pequenos já atingiu os primeiros mil dias de vida, as pesquisas levam a um novo caminho: otorrinos e fonoaudiólogos querem entender por que as crianças que foram expostas ao zika na gestação e têm função auditiva normal (detectam o som) possuem dificuldades para compreender o que escutam.

Acompanhe sobre o assunto no site do especial: www.jc.com.br/zikaemmildias