Síndrome congênita do zika: o que esperar das crianças nos primeiros mil dias de vida?

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 14/03/2018 às 10:48
A reabilitação tem ajudado Arthur Cândido, 1 ano e 4 meses, a alcançar habilidades sociocognitivas e absorver uma quantidade enorme de informação sobre o mundo que a cerca (Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem)
A reabilitação tem ajudado Arthur Cândido, 1 ano e 4 meses, a alcançar habilidades sociocognitivas e absorver uma quantidade enorme de informação sobre o mundo que a cerca (Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem) FOTO: A reabilitação tem ajudado Arthur Cândido, 1 ano e 4 meses, a alcançar habilidades sociocognitivas e absorver uma quantidade enorme de informação sobre o mundo que a cerca (Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem)

Nenhuma criança é idêntica a outra. Cada uma tem o seu ritmo próprio e deve ser respeitada em seu desenvolvimento. Quem tem filho certamente já ouviu ou falou sobre isso em algum momento da infância dos pequenos. Ao longo dos primeiros mil dias de vida (e dos subsequentes) dos bebês que nasceram com a síndrome congênita do zika, as famílias também questionam o que podem esperar nos primeiros anos. Elas vão sustentar a cabeça, rolar, sentar, engatinhar e andar? Ou o vírus é tão agressivo a ponto de bloquear esses marcos do desenvolvimento infantil? Esse é o debate feito no segundo dia da nossa reportagem especial Zika em Mil Dias.

“Em linhas gerais, quanto mais precoce a infecção pelo vírus na gestação, maiores as interferências na maturidade do cérebro. E a forma como cada criança evoluirá depende do potencial de cada uma. Aos 2 anos, dá para avaliar o prognóstico (evolução) do paciente. Com base nisso, indicamos o tipo de reabilitação (motor, visual ou cognitivo, por exemplo)”, esclarece a neuropediatra Vanessa Van Der Linden, uma das primeiras especialistas a estabelecerem a associação entre o zika vírus e a explosão dos casos de microcefalia.

Arthur Cândido, 1 ano e 4 meses, sai todas as semanas de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, para realizar terapias no Recife. São atividades que têm ajudado o pequeno a alcançar habilidades sociocognitivas e absorver uma quantidade enorme de informação sobre o mundo que o cerca.

Saiba mais

Acompanhe a nossa reportagem especial (www.jc.com.br/zikaemmildias), conheça a história de Arthur e saiba sobre as habilidades sociais nos primeiros mil dias de vida das crianças que foram expostas ao zika na gestação.