O terçol pode atrapalhar o seu verão; saiba como evitá-lo

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 28/02/2018 às 10:25
Para cuidar do terçol, oftalmologista recomenda compressas mornas, que podem ser aplicadas em média quatro vezes ao dia, lembrando de não esquentar muito para não causar queimaduras na região (Foto: Pixabay)
Para cuidar do terçol, oftalmologista recomenda compressas mornas, que podem ser aplicadas em média quatro vezes ao dia, lembrando de não esquentar muito para não causar queimaduras na região (Foto: Pixabay) FOTO: Para cuidar do terçol, oftalmologista recomenda compressas mornas, que podem ser aplicadas em média quatro vezes ao dia, lembrando de não esquentar muito para não causar queimaduras na região (Foto: Pixabay)

Com verão em alta, a pele ganha mais oleosidade, o que pode favorecer o aparecimento de complicações na região ocular, como os terçóis. A oftalmologista Ana Karina Téles, especialista em cirurgia plástica ocular e doenças da órbita, explica o motivo de a estação do calor ser um fator que aumenta a incidência dos casos de terçol - uma espécie de cisto que aparece na borda da pálpebra quando as glândulas locais se inflamam e ficam obstruídas.

Leia também: 

Terçol, conjuntivite e irritação podem ser confundidos. Confira as diferenças

Síndrome do olho seco afeta mais mulheres do que homens. Saiba como evitar e tratar a doença

Já ouviu falar em celulite ocular? Inflamação é mais comum em crianças

A médica destaca que a formação dos hordéolos e calázios (como são conhecidas também a inflamação das glândulas de Zeiss e Meibomius, localizadas na base dos cílios e margem palpebral) tem várias causas, além do excesso de oleosidade. “Geralmente estão associados à blefarite, que é uma inflamação crônica das pálpebras, mas podem ser precipitados pelo uso de maquiagens de baixa qualidade e fora do prazo de validade, assim como a não remoção desse material antes de dormir, bem como à presença de outras condições imunológicas, dermatite seborreica e rosácea", explica Ana Karina Téles, do Centro de Olhos, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

Essas lesões parecem ser mais frequentes na adolescência, associadas à variação hormonal própria da faixa etária, mas na realidade, os terçóis podem acometer desde crianças pequenas aos idosos. A falta de tratamento apropriado pode levar não só à permanência da lesão, o que esteticamente não é agradável, como também à infecção dos tecidos profundos, a chamada celulite orbitária.

"O incômodo e geralmente a dor local facilitam o absenteísmo à escola ou ao trabalho, sendo que sua duração pode chegar até sete ou dez dias, com possibilidade de se tornar crônica no caso dos calázios, exigindo tratamento cirúrgico. Compressas mornas podem ser aplicadas em média quatro vezes ao dia, lembrando de não esquentar muito para não causar queimaduras nessa região tão sensível. Em outros casos, medicamentos como pomadas e até mesmo antibióticos são necessários para sanar o problema, sempre prescritos pelo oftalmologista", salienta Ana Karina Téles.

Para reduzir a possibilidade de lidar com esses 'caroços' chatinhos que podem progredir para situações mais sérias, a médica Ana Karina recomenda a retirada de maquiagem e outros produtos da região dos olhos antes de dormir, evitar produtos na borda interna das pálpebras e ainda manter o hábito de prezar por uma rotina de limpeza das pálpebras e base dos cílios, com produtos adequados. "Não compartilhar maquiagens é outra excelente forma de evitar doenças nas pálpebras", finaliza a oftalmologista.