Não é a primeira vez que o blog registra, em Pernambuco, a falta de bolsas coletoras para pessoas ostomizadas, que precisam do produto fixado ao corpo para recolher fezes e urina. Os pacientes se queixam de mais de 80 dias sem receber o material – e alguns têm usado sacolas plásticas e potes de manteiga para improvisar a bolsa.
O produto se faz necessário porque essas pessoas foram submetidas à ostomia – procedimento cirúrgico que ‘constrói’ um novo caminho para a saída das fezes ou da urina para fora do corpo.
O Hospital Barão de Lucena (HBL), no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, é responsável pela dispensação das bolsas para a rede de saúde. Atualmente, está em curso um processo licitatório para a aquisição do produto. A coluna questionou sobre a previsão para entrega dessas bolsas aos pacientes.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que “a compra de qualquer insumo, principalmente de grande valor, precisa passar por uma série de trâmites administrativos, que são exigidos pela legislação”. Lamentável é que, enquanto aguardam todo esse processo, os pacientes continuem a usar sacolas plásticas de supermercados ou potes de margarina.
Confira a nota da SES na íntegra:
"A direção do Hospital Barão de Lucena (HBL) esclarece que não tem medido esforços para reabastecer sua farmácia com alguns tipos de bolsas de colostomia. Atualmente, está em curso um processo licitatório, por meio de ata de registro de preço, para realizar a aquisição. É importante lembrar que a compra de qualquer insumo, principalmente de grande valor, precisa passar por uma série de trâmites administrativos, que são exigidos pela legislação. Por fim, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) esclarece que o Hospital Barão de Lucena é responsável pela dispensação das bolsas para a rede de saúde. Atualmente, está sendo planejada uma nova logística de entrega para que unidades do interior do Estado também possam atender esse público."
