Está aberta a temporada do 'bloco das viroses'; saiba como cuidar do mal-estar

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 19/02/2018 às 16:24
No pós-Carnaval, um universo de pessoas se queixam de sintomas sugestivos de viroses (Foto ilustrativa: Pixabay)
No pós-Carnaval, um universo de pessoas se queixam de sintomas sugestivos de viroses (Foto ilustrativa: Pixabay) FOTO: No pós-Carnaval, um universo de pessoas se queixam de sintomas sugestivos de viroses (Foto ilustrativa: Pixabay)

O Carnaval é sempre uma época propícia para o ataque de alguns vírus e outros micro-organismos à saúde. A combinação de multidão, calor e comidas na rua abre portas para o adoecimento e consequentemente as urgências dos hospitais começam a atender, no período pós-folia, um universo de pessoas que se queixam de dores no corpo, náusea, diarreia, febre, problemas respiratórios e conjuntivite. São condições clássicas de viroses, que englobam quadros clínicos associados a infecções causada por vírus.

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“No Carnaval, as pessoas brincam sob o sol, passam muito tempo sem se alimentar adequadamente e ingerem bebida alcoólica. Isso baixa a imunidade, o que favorece o aparecimento de doenças”, explica a infectologista Andrezza de Vasconcelos, dos Hospitais Getúlio Vargas e Jayme da Fonte.

Em entrevista ao programa Casa Saudável, da TV JC, na última sexta-feira (16), a médica alertou ainda para os casos de herpes labial após o reinado de Momo. Trata-se de uma infecção viral cujos sintomas (feridas ou bolhas) aparecem próximos à borda dos lábios. “É uma festa em que as pessoas se beijam bastante, e isso aumenta o risco de transmissão do vírus. Em alguns casos, é possível ter o vírus ‘guardado’ no organismo e as lesões da herpes só se manifestarem quando há queda da defesa imunológica”, esclarece Andrezza de Vasconcelos.

Assista ao programa sobre o tema na TV JC:

A infectologista ainda tirou dúvidas dos internautas sobre a mononucleose, popularmente conhecida como doença do beijo. O período de Carnaval é propício ao aparecimento da doença, já que as más condições de higiene e a grande concentração de pessoas em espaços pequenos facilitam a dispersão do vírus, contraído por meio da saliva. “É mais frequente entre adolescentes e adultos jovens, que ficam mais próximos uns dos outros durante as festas. Isso facilita a transmissão pelas gotículas de saliva. É bom alertar que os sintomas aparecem duas semanas após a contaminação.” Como a folia acabou há poucos dias, quem se infectou ainda tem risco de apresentar os sintomas.

"A higienização correta das mãos é a melhor atitude que podemos adotar contra as viroses. É uma orientação que funciona como um mantra", frisa a infectologista Andrezza de Vasconcelos (Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem)

Não existe um tratamento específico para as viroses em geral, o recomendado pelos médicos é combater o mal-estar. “Repouso e hidratação são sempre essenciais. Na maioria dos casos, antitérmicos e analgésicos são prescritos. Só não vale exagerar nas doses nem recorrer à automedicação”, ressalta Andrezza de Vasconcelos.