Quer fazer a folia render? Entenda por que investir no energético não é uma boa ideia

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 11/02/2018 às 19:08
O excesso de álcool associado às bebidas energéticas pode aumentar o risco de arritmias e outros problemas cardíacos (Foto ilustrativa: Pixabay)
O excesso de álcool associado às bebidas energéticas pode aumentar o risco de arritmias e outros problemas cardíacos (Foto ilustrativa: Pixabay) FOTO: O excesso de álcool associado às bebidas energéticas pode aumentar o risco de arritmias e outros problemas cardíacos (Foto ilustrativa: Pixabay)

No Carnaval, muita gente ainda abusa do consumo de bebidas alcoólicas, da alimentação inadequada e das festas prolongadas, com pouco sono e muito esforço físico. Esse comportamento pode acarretar problemas de saúde, desde a velha e conhecida ressaca, sempre desconfortável, até situações mais graves, inclusive problemas cardiovasculares. Por isso, é necessário divertir-se com responsabilidade, segundo ressalta a diretora do departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), Regina Helena Pereira.

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Consumo excessivo de energéticos pode causar danos à saúde

Estudos indicam que o excesso de álcool associado a bebidas energéticas, por exemplo, pode aumentar o risco de arritmias e outros problemas cardíacos independentemente de histórico familiar de doenças cardíacas ou outros fatores de risco conhecidos (obesidade, diabetes, sedentarismo, hipertensão, estresse, tabagismo, má alimentação, depressão e ansiedade).

Para a especialista, as bebidas energéticas contêm ingredientes que aumentam a contratilidade cardíaca e, em altas doses, estimulam receptores responsáveis pela vasodilatação coronária e periférica. O objetivo do energético é estimular o sistema nervoso central, contrapondo o papel do álcool e permitindo que os jovens que consomem essa mistura possam suportar as festas até tarde.

"O problema é que o consumo dessas bebidas pode causar náuseas e vômitos, tremores, transpiração fria, aumento discreto da frequência cardíaca, agitação psicomotora com comportamento agressivo, desmaio, aumento importante da frequência cardíaca, alterações de pressão arterial e arritmias", completa.

No Carnaval, além desses fatores associados e aumentando os riscos, o cigarro, as noites mal dormidas, a alimentação irregular e o desgaste físico podem produzir efeitos muito perigosos.

O risco da mistura entre álcool e energético é ainda maior no Carnaval, pois muitos sedentários exageram no esforço físico para dançar, em blocos, escolas de samba ou bailes. Assim, quem não tem um mínimo de condições físicas adequadas precisa dosar bastante o esforço para sambar e brincar.

Todos esses cuidados devem ser redobrados para pessoas que têm alguma doença cardiovascular, que devem buscar orientação médica antes de se entregar à folia. Com moderação e bom senso, é possível aproveitar a folia sem colocar a saúde em risco.