Macacos não transmitem febre amarela; eles são aliados no combate à doença

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 20/01/2018 às 16:34
Macacos têm papel fundamental na vigilância da febre amarela. Os mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem predominantemente em áreas silvestres e de matas, são responsáveis pela transmissão da doença (Foto: Divulgação)
Macacos têm papel fundamental na vigilância da febre amarela. Os mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem predominantemente em áreas silvestres e de matas, são responsáveis pela transmissão da doença (Foto: Divulgação) FOTO: Macacos têm papel fundamental na vigilância da febre amarela. Os mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem predominantemente em áreas silvestres e de matas, são responsáveis pela transmissão da doença (Foto: Divulgação)

O avanço da febre amarela no País levou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade a esclarecer sobre o papel dos macacos no ciclo da doença. Assim como os humanos, eles são apenas vítimas do vírus e não o transmitem para o homem.

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O controle da doença também inclui um trabalho de preservação dos hábitats dos primatas não humanos silvestres. Desflorestar e matar macacos não impedem a circulação do vírus; pelo contrário: essas atitudes tendem a prejudicar o papel de sentinela dos primatas.

Especialistas alertam que a identificação de infecções nesses animais pode apoiar ações de prevenção da febre amarela em humanos. A explicação: a detecção da morte de um macaco, que poderia estar doente por febre amarela, tende a dar tempo para as autoridades de saúde adotarem medidas de controle capazes de evitar a enfermidade em humanos.

Matar animais é considerado crime ambiental. Se alguém encontrar macacos caídos no solo ou notadamente fragilizados deve informar a um serviço de saúde. Como sentinelas da ocorrência da febre amarela, eles também são nossos anjos da guarda.

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