Pesquisadores de Campinas (município do interior de São Paulo), da Faculdade São Leopoldo Mandic, fizeram um estudo analisando o surto de chicungunha que ocorreu no Nordeste em 2016. A conclusão do trabalho mostrou que a doença é muito mais mortal que a dengue. Estima-se que a mortalidade relacionada a uma epidemia de chicungunha chega ser dez vezes maior do que ocorre durante uma epidemia de dengue.
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A pesquisa, publicada na revista cientifica internacional PLOS Currents: Outbreaks, avaliou dados de Pernambuco, do Rio Grande do Norte e da Bahia, Estados onde milhares de casos de adoecimento por chicungunha foram registrados. Os números oficiais são de 105 mortes nessas regiões em 2016. Mas, pela estimativa, o número real seria de 7.231 mortes naquele ano, quase 70 vezes mais.
Os pesquisadores chegaram a essa conclusão depois de analisarem a média histórica de mortes por dengue, que cresceu quando surgiram os casos de chicungunha. A dengue pode causar óbito em pacientes de qualquer faixa etária. E chicungunha também. Mas a quantidade maior de óbitos concentra-se em idosos e pessoas que vivem com diabetes, doenças cardiovasculares e doença respiratória crônica.