O elo entre arritmias cardíacas e morte súbita é destaque de congresso em Pernambuco

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 27/11/2017 às 16:30
A arritmia cardíaca é uma alteração que ocorre na geração ou na condução do estímulo elétrico do coração e pode provocar modificações no ritmo cardíaco (Foto ilustrativa: Pixabay)
A arritmia cardíaca é uma alteração que ocorre na geração ou na condução do estímulo elétrico do coração e pode provocar modificações no ritmo cardíaco (Foto ilustrativa: Pixabay) FOTO: A arritmia cardíaca é uma alteração que ocorre na geração ou na condução do estímulo elétrico do coração e pode provocar modificações no ritmo cardíaco (Foto ilustrativa: Pixabay)

A Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac) realizará, de 29 de novembro a 2 de dezembro, a 34ª edição do Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas (CBAC 2017), no Sheraton Hotel Reserva do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, que fica no Grande Recife. "Um dos temas de destaque da programação científica deste ano é o estado da arte das arritmias geneticamente determinadas. As mais recentes pesquisas na área serão apresentadas por grandes experts, como a professora Silvia Priori, da Itália, e Joseph Brugada, da Espanha", relata o diretor da comissão científica do congresso, Ricardo Kuniyoshi.

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Segundo o cardiologista André Rezende, presidente local do congresso, a identificação precoce das doenças hereditárias são de extrema importância para um melhor manejo clínico, evitando a morte súbita de pacientes e parentes geneticamente afetados. O médico falou sobre o assunto, nesta segunda-feira (27), durante programa na TV JC. Confira abaixo:

Saiba mais

A arritmia cardíaca é uma alteração que ocorre na geração ou na condução do estímulo elétrico do coração e pode provocar modificações no ritmo cardíaco. Pode ser benigna ou maligna. Indivíduos diagnosticados com taquicardia, bradicardia ou que já apresentam problemas cardíacos, como infarto e insuficiência cardíaca, estão no grupo de maior risco. Quando não diagnosticada e tratada corretamente, a doença pode provocar parada cardíaca, doenças no coração e a morte súbita.

As arritmias hereditárias têm recebido mais atenção em todo o mundo nos últimos tempos, especialmente pelo desenvolvimento tecnológico, que permitiu maior acesso da população às técnicas de genotipagem. "Essas arritmias podem ser identificadas e tratadas. Elas acometem crianças, adolescentes e adultos jovens aparentemente saudáveis, uma parcela significativa da população em idade produtiva e na qual os eventos cardíacos graves não são esperados", relata a cardiologista Denise Hachul, presidente da Sobrac.

O crescente reconhecimento das mutações genéticas e de suas manifestações clínicas possibilitou o desenvolvimento de novas modalidades terapêuticas na prevenção de morte súbita, especialmente dos parentes de pessoas com essas doenças.

O 34º Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas conta com a chancela institucional da Sociedade Brasileira de Cardiologia e sua seção em Pernambuco, como também das sociedades Europeia (European Heart Rhythm/ERHA) e Americana (Heart Rhythm Society/HRS) de Arritmias Cardíacas.