Trabalho e estudos são as atividades mais prejudicadas pelas dores, destaca pesquisa

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 06/11/2017 às 18:49
A dor de cabeça foi a mais relatada pelos participantes da pesquisa (76% dizem ter sentido pelo menos uma vez nos últimos três meses) e tem como principais causas o estresse e a falta de sono (Foto ilustrativa: Pixabay)
A dor de cabeça foi a mais relatada pelos participantes da pesquisa (76% dizem ter sentido pelo menos uma vez nos últimos três meses) e tem como principais causas o estresse e a falta de sono (Foto ilustrativa: Pixabay) FOTO: A dor de cabeça foi a mais relatada pelos participantes da pesquisa (76% dizem ter sentido pelo menos uma vez nos últimos três meses) e tem como principais causas o estresse e a falta de sono (Foto ilustrativa: Pixabay)

O trabalho é a atividade mais impactada pela dor, segundo dados inéditos da pesquisa A Dor no Cotidiano 2017, realizada por Advil com o apoio do Ibope Conecta. O levantamento mostra que seguir com os compromissos e a rotina diária, quando se sente dor, nem sempre é fácil. Entre os participantes, 56% responderam que as atividades profissionais representam a área mais afetada pelo incômodo. Na sequência, são citados estudos (25%), compromissos pessoais (19%) e sono (18%). A pesquisa foi elaborada para entender como os brasileiros lidam com as dores musculares, nas costas e de cabeça, e o quanto estão dispostos a modificar comportamentos que possam causar o incômodo.

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A dor de cabeça, a mais relatada pelos participantes da pesquisa (76% dizem ter sentido o pelo menos uma vez nos últimos três meses), tem como principais causas o estresse (82%) e a falta de sono (73%). "O esgotamento e o cansaço são os gatilhos mais comuns para a dor de cabeça e têm como consequência a dificuldade em continuar produzindo no trabalho ou em outras atividades corriqueiras", destaca o médico e diretor científico da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), Paulo Renato da Fonseca.

Assista ao programa, na TV JC, sobre dor de cabeça, transmitido em 19 de maio de 2017:

Prevenção

O equilíbrio entre vida pessoal, profissional e familiar, uma boa alimentação, descanso e atividade física adequados são a chave para tentar se proteger do incômodo. Mas o quanto estamos dispostos a fazer mudanças em nossa rotina para alcançarmos mais qualidade de vida? Apesar de o estresse ser a principal causa de dor de cabeça segundo a pesquisa, 63% dos brasileiros afirmam que não conseguem modificar essa situação ou que é muito difícil. O excesso de trabalho e estudo (61%) e o trânsito (60%), outros gatilhos para a dor de cabeça, também são situações que os brasileiros consideram complicadas de mudar.

Atitudes para evitar a dor de cabeça

Apesar de o estresse ser a situação que mais consideram difícil alterar, os entrevistados ainda tentam de alguma forma controlá-lo. Quando se trata de evitar a dor de cabeça, 45% das pessoas dizem que procuram reduzir o estresse. Manter uma boa noite de sono também é uma atitude importante para não ser incomodado com dores de cabeça, de acordo com a pesquisa. E o especialista confirma que os brasileiros estão no caminho certo. "Mesmo com um dia a dia cansativo e sem rotina, percebemos que a preocupação com qualidade de vida, alimentação saudável e atividade física tem crescido bastante", destaca Fonseca.

Ter consciência do próprio corpo e buscar atitudes que ajudem a evitar a dor são fundamentais para alcançar bem-estar no dia a dia. Em algumas situações, contudo, o incômodo aparece, o que pode exigir uso de medicação.

Metodologia da pesquisa

Conduzida pelo Ibope Conecta, em parceria com Advil, a terceira edição da pesquisa A Dor no Cotidiano foi elaborada para entender como os brasileiros lidam com as dores musculares, nas costas e de cabeça, e o quanto estão dispostos a modificar comportamentos que possam causar o incômodo.

A pesquisa contemplou 1.954 entrevistas, realizadas pela internet com homens e mulheres, acima dos 16 anos, das classes A, B e C, em todo País, com base proporcional à da população de internautas do Brasil. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, com 95% de confiança.