Azul facilita tratamento de mulheres com câncer de mama que precisam de transporte aéreo

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 06/10/2017 às 10:59
"Para mim, é importante multiplicar a informação ao ter esta oportunidade única de falar a outras pessoas que é possível vencer o câncer de mama. A patente (de vitoriosa) que eu ganhei carrego no peito", conta a tripulante Jussara Fátima da Silva, 47 anos, que venceu a luta contra o tumor  (Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem)
"Para mim, é importante multiplicar a informação ao ter esta oportunidade única de falar a outras pessoas que é possível vencer o câncer de mama. A patente (de vitoriosa) que eu ganhei carrego no peito", conta a tripulante Jussara Fátima da Silva, 47 anos, que venceu a luta contra o tumor (Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem) FOTO: "Para mim, é importante multiplicar a informação ao ter esta oportunidade única de falar a outras pessoas que é possível vencer o câncer de mama. A patente (de vitoriosa) que eu ganhei carrego no peito", conta a tripulante Jussara Fátima da Silva, 47 anos, que venceu a luta contra o tumor (Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem)

O tratamento de 30 mulheres com câncer de mama na cidade de Petrolina (Sertão de Pernambuco) e arredores passa a ser apoiado pela Azul Linhas Aéreas. A companhia oferece a elas transporte aéreo após terem recebido o diagnóstico da doença no Instituto de Prevenção de Juazeiro (município da Bahia vizinho a Petrolina), que é uma unidade vinculada ao Hospital de Câncer de Barretos, no interior de São Paulo. Para tratar a doença, elas precisam se deslocar até um hospital da instituição ou outro parceiro, em Salvador. De carro ou ônibus, o percurso dura em média 7h30 até a capital baiana; de avião, o trajeto é de uma hora.

Leia também: 

Conheça mitos e verdades sobre câncer de mama

“Queríamos ir além do papel de informar e, assim, usar o poder da aviação para ajudar a ligar pessoas e propósitos. Foi então que, junto ao Hospital do Amor (nova marca do Hospital de Câncer de Barretos), construímos o projeto. Esperamos expandir para mais cidades e mulheres”, diz a diretora de marketing e comunicação da companhia, Claudia Fernandes.

A Azul também lançou uma campanha para ajudar no transporte dos acompanhantes das 30 pacientes, que precisam de alguém para ajudá-las no tratamento. No hotsite da ação (voeazul.com.br/tudoazul/Hosp_Barretos), todas as pessoas que se cadastrarem no programa da Azul, durante este mês, ganharão mil pontos, assim como o Hospital do Amor, que receberá a doação da mesma quantia de pontos a cada novo membro. Ainda para marcar o movimento, uma etiqueta de bagagem cor-de-rosa está sendo distribuída nos aeroportos do Recife, de Campinas, de Belo Horizonte, do Porto Alegre e de Belém.

Também durante este mês, os passageiros da companhia são surpreendidos a bordo com depoimentos de mulheres da tripulação que contam brevemente, antes de o embarque ser encerrado, como superaram a doença. Voluntariamente, elas quiseram compartilhar histórias para disseminar que o cuidado com a saúde e a realização de exames são essenciais para combater o câncer com maior incidência e mortalidade na população feminina em todo o mundo.

Na quinta-feira (5), no Aeroporto do Recife, a tripulante Jussara Fátima da Silva, 47 anos, foi aplaudida após relatar aos passageiros, em aeronave com destino a Fortaleza, como a informação foi valiosa para ela ter o diagnóstico precoce do câncer de mama, o que favoreceu a cura da doença, diagnosticada em 2010. Naquele ano, o resultado da primeira mamografia de Jussara acusou a presença de um pequeno nódulo.

Clique aqui e leia todo o depoimento de Jussara

“Ele tinha meio centímetro e, por isso, meu médico falou que teria 95% de chance de ser curável. Eu iria só passar pela cirurgia, realizada um mês após o diagnóstico por burocracia do convênio. Na operação, notou-se que o nódulo havia crescido. E a biópsia foi inconclusiva. Então, o médico recomendou quimio e radioterapia.”

Ela conta que, apesar do peso do diagnóstico, não se deixou abater. “A cada dia, eu tinha mais força. Agradecia por ter os melhores médicos e, assim, sabia que venceria a doença. Não permiti que o câncer guiasse a minha vida. Quem deu o rumo fui”, destaca a tripulante, que abraça uma corrente multiplicadora de informações sobre uma doença cujo tratamento exige pressa.