Após o mutirão de vacinação antirrábica animal no último sábado (1º), quando 2.103 bichos foram vacinados nos postos espalhados pela capital pernambucana, a Prefeitura do Recife decidiu disponibilizar até o dia 21 de julho dez locais para imunização de animais contra a raiva. A recomendação é de que animais a partir de dois meses de idade, que ainda não tenham sido vacinados este ano contra a zoonose, sejam vacinados.
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A mobilização acontece após a morte de Adriana Vicente da Silva, 36 anos, na última quinta-feira (29). Adriana deu entrada, em estado grave, no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), em Santo Amaro, área central da cidade, no dia 26 de junho com sintomas a doença. O diagnóstico foi confirmado na manhã desta segunda-feira (3) pelo Centro de Vigilância Ambiental do Recife. Segundo relatos, a paciente foi mordida por um gato e não procurou o serviço público de saúde para realizar a profilaxia.
Desde a última quarta-feira (28), profissionais da Vigilância Ambiental estão realizando um bloqueio sanitário em um raio de cinco quilômetros partindo de onde o gato que agrediu a vítima circulava. Até esse domingo (2), foram vacinados 1.182 animais em 12.803 imóveis visitados pela equipe.
Locais de vacinação
» Hospital Veterinário do Recife | Avenida Professor Estevão Francisco da Costa, S/N°, Cordeiro
Unidade de Vigilância de Zoonoses/CVA | Av. Antônio da Costa Azevedo, 1135 – Peixinhos
» Distrito Sanitário 1 | Rua Mário Domingues, 70, Boa Vista
» Distrito Sanitário 2 | Rua Antônio Rangel, 208 – Encruzilhada
» Distrito Sanitário 3 | Rua Xavantes, 205, Casa Amarela
» Distrito Sanitário 4 | Rua Cantora Clara Nunes, s/n, Torre
» Distrito Sanitário 5 | Rua Emília Torreão, 135, Afogados
» Distrito Sanitário 6 | Av. Jean Emile Favre, 1636, Ipsep
» Distrito Sanitário 7 | Rua Xavantes, 205, Casa Amarela
» Distrito Sanitário 8 | Av. Jean Emile Favre, 1636, Ipsep
A doença
A raiva é uma zoonose viral, doença infecciosa de animais transmitidas para o ser humano. É caracterizada, principalmente, como uma encefalite progressiva aguda e letal. Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus e podem vir a ser possíveis transmissores da doença. A raiva apresenta dois principais ciclos de transmissão: urbano e silvestre. O primeiro é passível de eliminação, por se dispor de medidas eficientes de prevenção.
A transmissão da doença se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura, arranhadura, lambedura de mucosas. O período de incubação é extremamente variável, desde dias até anos. No homem, a média é de 45 dias. Em crianças, existe tendência para um período de incubação menor que no indivíduo adulto.
O paciente com suspeita da doença deve ser atendido na unidade hospitalar de saúde mais próxima, sendo evitada sua remoção. Entre os principais sintomas da doença estão: babar em excesso; convulsão; sensibilidade exagerada no local da mordida; Excitabilidade e perda de sensibilidade em uma área do corpo. Não há um tratamento específico para a raiva. As medidas utilizadas pela equipe de saúde são de suporte.
A vacina antirrábica é a melhor maneira de se prevenir contra a raiva. Não há contra-indicação.