A fonoaudióloga Roberta Martinelli, autora do protocolo do teste da linguinha, exame que consiste na avaliação do frênulo da língua em bebês recém-nascidos para verificar futuros problemas na amamentação, dentição e língua presa, está no Recife para participar da I Capacitação em Teste da Linguinha. As atividades, coordenadas pelo Conselho Regional de Fonoaudiologia da 4ª Região (Crefono 4) em parceria com o Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco (CRO-PE), acontecem na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Boa Vista, na área central da cidade.
Já no segundo dia do evento, nesta quarta-feira (21), a especialista abordará, das 8h às 12h, a avaliação do frênulo lingual desde o nascimento até a idade adulta. O último módulo da capacitação será uma aula prática para realização do teste da linguinha. Nesta terça (20), a abertura, às 13h, contou com a palestra da professora de odontologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Ana Cláudia Araújo e do professor de fonoaudiologia da UFPE Hilton Justino. Os dois apresentam detalhes dos projetos Linguinha e Língua Solta, desenvolvidos pelos dois departamentos. Já a partir das 14h, Martinelli discute com os participantes a anatomofisiologia da língua e sua importância para as funções orofaciais.
As inscrições para o evento, voltado para profissionais das áreas, já estão encerradas.
Teste
Em 2014, a Presidência da República sancionou e publicou no Diário Oficial da União a Lei nº13.002/14, que torna obrigatório a realização do Teste da Linguinha em recém-nascidos. O teste consiste na avaliação do frênulo da língua em bebês recém-nascidos para verificar futuros problemas na amamentação, dentição e língua presa.
Segundo Martinelli, a avaliação não causa dor alguma ao bebê. Primeiro, a profissional examina com os dedos o movimento da língua e a posição do frênulo, pele que fica sob o órgão. Em seguida, observa e grava a amamentação da criança, para depois analisar os detalhes. "Bebês com alteração no frênulo têm um número menor de sucção e um tempo maior de amamentação, algo em torno de oito a dez segundos. O normal é que essa pausa seja de quatro segundos e que a criança tenha uma quantidade maior de sucção", explica.
