Por Malu Silveira
A coletânea de reportagens ‘Zika e microcefalia cada vez mais juntas’, assinada por Cinthya Leite, editora do Casa Saudável, recebeu uma menção honrosa da 5ª edição do Prêmio Roche de Jornalismo de Saúde. Publicada em fevereiro de 2016 no Jornal do Commercio (JC), a matéria foi considerada pelos jurados um importante registro sobre a epidemia que ainda deixa os especialistas muito intrigados. A cerimônia de premiação será realizada entre os dias 4 e 6 de julho durante o Roche Press Day, evento de jornalismo científico e de saúde organizado pela empresa na Argentina.
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Segundo os jurados, "este trabalho mostra a importância da cobertura diária, zeloso e completa de uma epidemia com uma lacuna de conhecimento geral. O conjunto de relatórios ajudou a construir um registro mais completo da situação e suas consequências". O prêmio é dividido em duas categorias: jornalismo escrito e jornalismo em vídeo. Os finalistas foram escolhidos após análise minuciosa dos 489 trabalhos de 18 países da América Latina que se inscreveram. Em ambas categorias os jurados elegeram três finalistas.
Os ganhadores receberão uma bolsa para participar de um curso da Fundación Gabriel García Márquez para el Nuevo Periodismo Iberoamericano (FNPI). O vencedor que preferir poderá optar por participar do Festival Gabriel García Márquez de Periodismo, em Medellín, na Colômbia, de 28 a 30 de setembro.
Todos os finalistas, além de serem convidados para participar do Roche Press Day, com os custos pagos pela organização, ganharão o livro Gabo Periodista, um diploma e uma medalha. O Prêmio Roche de Jornalismo de Saúde é uma iniciativa da Roche com a Secretaria Técnica da Fundación Gabriel García Márquez para el Nuevo Periodismo Iberoamericano (FNPI), que buscar reconhecer e estimular a cobertura jornalística de qualidade em assuntos sobre saúde na América Latina.
As reportagens
Veiculadas na edição impressa do JC ao longo de 2016 (fevereiro, março, junho, julho, agosto e outubro), as reportagens assinadas por Cinthya Leite trazem um panorama sobre a anomalia em Pernambuco. A primeira matéria inscrita no prêmio foi publicada um pouco mais de dois meses após o boom de casos de microcefalia registrados no Estado. A epidemia e seus desdobramentos foi acompanhada de perto pela repórter, setorista de saúde do veículo.
A última reportagem, publicada cerca de um ano após os primeiros casos da malformação congênita, traz histórias de famílias de bebês diagnosticados com microcefalia e os desafios enfrentados pelos pacientes e seus familiares, assim como os questionamentos e respostas lançados pela comunidade científica.
