Campanha contra gripe entra na última semana. No Recife, menos da metade do público-alvo se vacinou

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 21/05/2017 às 19:26
É importante ressaltar que quem se imunizou, no ano passado e continua dentro dos grupos prioritários, também deve ser vacinado (Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem)
É importante ressaltar que quem se imunizou, no ano passado e continua dentro dos grupos prioritários, também deve ser vacinado (Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem) FOTO: É importante ressaltar que quem se imunizou, no ano passado e continua dentro dos grupos prioritários, também deve ser vacinado (Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem)

A 19ª Campanha Nacional de Vacinação Contra Gripe entra na última semana. Na capital pernambucana, cerca de 180 mil pessoas procuraram os postos de saúde, segundo a Secretaria de Saúde do Recife. O número representa apenas 44,2% do público-alvo da mobilização, que é formado por 360.467 pessoas consideradas mais vulneráveis a complicações da gripe. Já o balanço da Secretaria Estadual de Saúde mostra que cerca de 1,3 milhões de pessoas foram vacinadas em Pernambuco, de um total de 2,3 milhões do público-alvo. O número representa representa 57% do público-alvo em todo o Estado. Os números consideram dados até a sexta-feira (19).

Quem ainda não se imunizou tem até a próxima sexta-feira (26) para ir até um posto de saúde. A meta, neste ano, é vacinar 90% do grupo prioritário.

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Crianças de seis meses a menores de 5 anos, gestantes, puérperas (mulheres que tiveram bebê até 45 dias após o parto), pessoas com mais de 60 anos, população privada de liberdade, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis (devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação) e professores das redes pública e privada (precisam levar documento de identificação profissional) fazem parte do grupo prioritário para a vacinação contra gripe. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) podem se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.

É importante ressaltar que quem se imunizou, no ano passado e continua dentro dos grupos prioritários, também deve ser vacinado.

O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, ressalta a importância da imunização pelos grupos prioritários. “A vacina evita que, mesmo que se pegue a gripe, a doença evolua para as forma mais graves. A vacina é o meio seguro de prevenção”, alerta.

No sábado (20), durante a Ação Social no Sítio Trindade, que ofereceu serviços de saúde a moradores da Zona Norte da Cidade, a técnica em radiologia Haysa Hayanne de França, 25 anos, foi imunizada contra a gripe. “Como sou profissional de saúde, sei que preciso me proteger. Não tenho muito tempo para ir aos postos de saúde durante a semana. Por isso, aproveitei o sábado. É a primeira vez que sou vacinada”, disse Haysa.

Em doenças agudas febris moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro. As pessoas com história de alergia a ovo, que apresentem apenas urticária após a exposição, podem receber a vacina da influenza mediante adoção de medidas de segurança. A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores, assim como a qualquer componente da vacina ou alergia comprovada grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.

Complicações

O Estado de Pernambuco já registra um aumento de 22% no número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), condição que pode ser causada pelos vírus da gripe, quando se compara com o mesmo período de 2016, que teve 439 ocorrências de SRAG. Até 22 de abril deste ano, foram 537 casos da síndrome, que é caracterizada pela internação de pacientes com febre, tosse ou dor de garganta associado à dispneia ou desconforto respiratório. Entre os casos de SRAG associados à gripe, um evoluiu para o óbito.

Diferentemente do ano passado, quando a maioria dos pacientes teve resultado laboratorial positivo para a influenza H1N1, que causou 15 mortes, agora as ocorrências estão associadas a outro tipo de influenza: H3N2. Ambos os tipos, além da influenza B, fazem parte da composição da vacina contra a influenza.