Resumida de forma simples, a asma é caracterizada pela inflamação crônica das vias aéreas. Parece fácil de tratar, não é mesmo? Mas a doença, segundo dados do Ministério da Saúde, é responsável por mais de 100 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS). As estimativas também apontam que 6,4 milhões de brasileiros acima dos 18 anos sofrem com o problema, que não tem cura. As mulheres, no entanto, são as mais acometidas pela enfermidade: cerca de 3,9 milhões afirmaram conviver com a doença. Nesta terça-feira, 2 de maio, é marcado o Dia Mundial da Asma. A data alerta para importância do diagnóstico e tratamento adequados.
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O pneumologista Oliver Nascimento, médico assistente de pneumologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e especialista interno da empresa farmacêutica GSK, elaborou uma lista com as dez informações essenciais para identificar, prevenir e tratar a doença, apontada como quarta principal causa de internações do País, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia. Confira a lista:
1. Genética
A genética tem grande influência na asma e crianças de pais asmáticos possuem um risco maior de desenvolver a doença. Se um dos pais forem asmáticos o risco é de 25%, enquanto se os dois tiverem o problema à probabilidade sobe para 50%.
2. Idade
A asma afeta pessoas de todas as idades, mas geralmente começa na infância. Nos Estados Unidos, mais de 25 milhões de pessoas são conhecidas por terem asma. Cerca de 7 milhões são crianças.
3. Vilões
Um dos principais fatores desencadeantes da asma são os ácaros, microrganismos que se alimentam de pele descamada e que habitam carpetes, cortinas e travesseiros.
4. Tratamento individualizado
Cada tratamento é único. O tratamento da asma deve ser individualizado, ou seja, o que serve para um paciente pode não ser a opção adequada para o tratamento de outro.
5. Atividade física
Atividade física é fundamental para um estilo de vida saudável. A natação, por exemplo, ajuda no fortalecimento da musculatura respiratória.
6. Hidratação
Beber de dois a três litros de água por dia ajuda a fluidificar as secreções e facilita na sua eliminação.
7. Animais de estimação
Cuidado com os animais de estimação. Não é apenas o pelo que pode desencadear uma crise asmática. A descamação natural do animal, assim como sua saliva e urina são capazes de atuar como gatilhos para a doença.
8. Tabagismo
O tabagismo e fumo passivo levam à piora dos sintomas. Ou seja, mesmo se o asmático não fumar, ele pode ser prejudicado pela fumaça dos outros.
9. Obesidade
Evidências epidemiológicas demonstram que a obesidade resulta em um risco elevado de se desenvolver a asma. Mesmo os níveis modestos de aumento de peso aumentam o risco da asma.
10. Vacinação
Proteja-se das infecções virais, como gripe e resfriado comum. Eles podem desencadear sintomas da asma. Lavar as mãos com frequência e manter a carteira de vacinação em dia podem ajudar no combate a infecções mais graves. A vacina contra a gripe é indicada para todas as pessoas asmáticas, independente da idade.