Revista Time escolhe pesquisadora da Fiocruz PE como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 20/04/2017 às 11:27
Celina Turchi (ao centro) já foi entrevistada pelas repórteres Cinthya Leite, à esq., e Mariana Barros, à dir., na TV JC (Foto: André Nery/JC Imagem)
Celina Turchi (ao centro) já foi entrevistada pelas repórteres Cinthya Leite, à esq., e Mariana Barros, à dir., na TV JC (Foto: André Nery/JC Imagem) FOTO: Celina Turchi (ao centro) já foi entrevistada pelas repórteres Cinthya Leite, à esq., e Mariana Barros, à dir., na TV JC (Foto: André Nery/JC Imagem)

A pesquisadora da Fiocruz Pernambuco Celina Turchi foi escolhida uma das cem pessoas mais influentes do mundo pela revista norte-americana Time. Essa aguardada lista de cem personalidades é escolhida anualmente e celebrada com um jantar de gala, que reúne pessoas de destaque na política, tecnologia, ciências, filantropia, mídia, negócios e entretenimento. O evento será na próxima terça-feira (25), no Jazz at Lincoln Center, em Nova Iorque (EUA). Importante destacar que Celina Turchi foi responsável por coordenar uma força-tarefa que deu respostas a inquietações de cientistas de todo o mundo sobre o elo entre zika e microcefalia.

Celina Turchi ao lado do diretor da Fiocruz Pernambuco, Sinval Brandão Filho (Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem) Celina Turchi ao lado do diretor da Fiocruz Pernambuco, Sinval Brandão Filho (Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem)

Ela passou a ser maestrina de uma orquestra que escreve novos capítulos nos tratados de medicina. No dia 10 dezembro de 2015, quando o conhecimento sobre o zika era limitado, Celina detalhou para a imprensa o estudo que começava a coordenar para investigar fatores relacionados à explosão dos casos de microcefalia. Hoje não restam dúvidas de que Celina ajudou a apresentar ao mundo evidências que demonstrou o vínculo entre zika e complicações que ainda desafiam epidemiologistas.

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Em janeiro deste ano, Celina foi entrevistada, na TV JC, por Cinthya Leite, repórter do Jornal do Commercio e editora do Casa Saudável, e por Mariana Barros, repórter da TV Jornal.

Reconhecida no ano passado pela revista científica Nature como uma das dez personalidades mais influentes da ciência (única brasileira a constar na listagem), Celina recebeu em março o Prêmio Faz Diferença, na categoria Personalidade do Ano, do Jornal O Globo, ao lado da médica paraibana Adriana Melo. Recebeu também, em março, a Medalha do Mérito Heroínas do Tejucupapo, concedida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Secção Pernambuco, entre outras premiações.

Perfil

Natural de Goiás, Celina tem 64 anos, é médica e PhD em epidemiologia das doenças infecciosas. Coordena o Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia (Merg), que desenvolve o primeiro estudo caso-controle relacionando o vírus zika com essa doença. O Merg é formado por cerca de 30 pesquisadores oriundos da Fiocruz PE, Universidade de Pernambuco, Universidade Federal de Pernambuco, Secretaria de Saúde de Pernambuco, Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, Fundação Altino Ventura, Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) e Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip).