Mais de 2,3 milhões de pernambucanos devem se vacinar contra a gripe

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 19/04/2017 às 18:12
Vacinação contra a gripe para população prioritária inicia em todo o Estado na próxima segunda-feira (24) e segue até 26 de maio (Foto: Sérgio Bernardo / JC Imagem)
Vacinação contra a gripe para população prioritária inicia em todo o Estado na próxima segunda-feira (24) e segue até 26 de maio (Foto: Sérgio Bernardo / JC Imagem) FOTO: Vacinação contra a gripe para população prioritária inicia em todo o Estado na próxima segunda-feira (24) e segue até 26 de maio (Foto: Sérgio Bernardo / JC Imagem)

Pernambuco iniciará na próxima segunda-feira (24) a campanha de vacinação contra a gripe (influenza). O prazo para as populações prioritárias no Estado se vacinarem seguirá até o dia 26 de maio. Ao todo, serão 2.329.874 de pessoas contempladas com a imunização em Pernambuco. Neste ano, a meta é vacinar, no mínimo, 90% da população total. O Dia D da mobilização está marcado para 13 de maio.

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Idosos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), indígenas, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional e professores dos ensinos básico e superior de escolas públicas e privadas fazem parte dos grupos prioritários e poderão se vacinar contra a gripe. Profissionais de saúde, também parte do público-alvo, iniciaram a vacinação na última segunda-feira (17).

Até o dia 25 de março deste ano, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou 280 casos com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Desses, 29 positivaram para influenza A (H3N2) Sazonal, vírus que faz parte da composição da vacina contra a influenza. Além do vírus da influenza A (H3N2), a vacinação protege contra a influenza A (H1N1), que não teve casos confirmados neste ano, e a influenza B.

"A vacina contra a influenza tem validade de um ano. Por isso, é importante que todas as pessoas que fazem parte dos grupos prioritários, e se vacinaram o ano passado, procurem os postos de saúde para serem imunizados. A vacinação é importante para reduzir o número de casos de gripe e síndrome respiratória aguda grave, internações hospitalares e óbitos", ressalta a coordenadora do Programa Estadual de Imunização da SES, Ana Catarina de Melo.

A vacinação é feita em uma dose, exceto para menores de 9 anos, que devem tomar uma segunda 30 dias após a primeira. Em doenças agudas febris moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro. As pessoas com histórico de alergia a ovo, que apresentem apenas urticária após a exposição, podem receber a vacina da influenza mediante adoção de medidas de segurança. Vale lembrar que a vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores bem como a qualquer componente da vacina ou alergia comprovada grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias, de 39% a 75% a mortalidade global e em, aproximadamente, 50% nas doenças relacionadas à influenza.

A doença

A gripe caracteriza-se pelo aparecimento súbito de febre, dor de cabeça, dores musculares (mialgia), tosse, dor de garganta e fadiga. Nos casos mais graves, geralmente, existe dificuldade respiratória e há necessidade de hospitalização. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a influenza acomete 5% a 10% dos adultos e 20% a 30% das crianças, causando 3 a 5 milhões de casos graves e até 500 mil mortes todos os anos no mundo.

Estima-se que uma pessoa infectada seja capaz de transmitir o vírus para até dois contatos não imunes. As crianças com idade entre um e cinco anos são as principais fontes de transmissão dos vírus na família e na comunidade, sendo que podem eliminar os vírus por até três semanas. Indivíduos imunocomprometidos podem excretar os vírus influenza por períodos mais prolongados, até meses. Recentemente, comprovou-se que os vírus sobrevivem em diversas superfícies (madeira, aço e tecidos) por 8 a 48 horas.