Simpósio no Recife aborda desafios na educação de crianças com microcefalia

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 08/03/2017 às 12:37
Programação, voltada para profissionais da área de educação e psicologia, além de famílias interessadas no tema, acontecerá no dia 18 de março (Foto: Fernando da Hora / JC Imagem)
Programação, voltada para profissionais da área de educação e psicologia, além de famílias interessadas no tema, acontecerá no dia 18 de março (Foto: Fernando da Hora / JC Imagem) FOTO: Programação, voltada para profissionais da área de educação e psicologia, além de famílias interessadas no tema, acontecerá no dia 18 de março (Foto: Fernando da Hora / JC Imagem)

Os desafios de educar a criança com microcefalia. Este é o principal tema de discussão do 1º Simpósio de Educação Inclusiva, promovido pelo Instituto Superior de Economia e Administração (Isead), através da Universidade Estadual Vale do Acarajaú (UVA) em Pernambuco. O evento acontecerá no dia 18 de março, no auditório do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), área central do Recife. A programação, voltada para profissionais da área de educação e psicologia, além de famílias interessadas no tema, acontecerá das 8h às 12h.

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Uma das palestras debaterá a microcefalia no âmbito da educação. O encontro será ministrado pela professora e psicóloga Fátima Cristina Casanova, consultora em psicologia educacional. Especialista em avaliação psicológica, Casanova lembra que, como em 90% dos casos a microcefalia está associada a um atraso no desenvolvimento neurológico, psíquico ou motor das crianças, a introdução no processo educativo acontece de forma mais lenta.

"Por isso, exige muito mais esforço não só de professores, mas de todos os profissionais envolvidos na educação dessas crianças. É um grande desafio que todos terão pela frente. Em dois ou quatro anos, quando esses bebês estarão na idade escolar, precisarão encontrar escolas preparadas para recebê-los. Seja com professores aptos à educação inclusiva ou com infraestrutura adequada para as necessidades deles, que são e serão muitas", alerta.

Em muitos casos, as crianças com microcefalia apresentam déficits cognitivo, auditivo e motores e problemas visuais, acarretando no atraso do desenvolvimento. "As escolas privadas têm mais condições de se prepararem para esse desafio, mas as escolas públicas enfrentarão grandes obstáculos,

principalmente financeiros. E a maioria desses bebês com microcefalia estará exatamente na rede pública de ensino. Por isso temos que começar a pensar em estratégias imediatamente", explica a psicóloga.

Outras duas palestras serão ministradas no 1º Simpósio de Educação Inclusiva. Entendendo o Autismo Infantil é o tema que será abordado pela professora de educação inclusiva da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Ana Paula de Avelar. E a Educação Inclusiva - Uma Perspectiva Integrada será a palestra ministrada pela mestra e coordenadora de práticas inclusivas do Colégio Apoio, Maria

Cristina Dantas Antonino.

Os interessados podem se inscrever pelo link: goo.gl/i2YE5D.

Serviço

1º Simpósio de Educação Inclusiva

Data: 18 de março

Horário: 8h às 12h

Local: Auditório do Imip | Rua dos Coelhos, 300 - Boa Vista, Recife