Exercícios fisioterapêuticos contribuem para a humanização do parto

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 07/03/2017 às 18:13
Aliados na busca pelo bem-estar da gestante proporcionam equilíbrio físico e mental à mulher e fortalecem vínculo com o bebê (Foto: Pixabay)
Aliados na busca pelo bem-estar da gestante proporcionam equilíbrio físico e mental à mulher e fortalecem vínculo com o bebê (Foto: Pixabay) FOTO: Aliados na busca pelo bem-estar da gestante proporcionam equilíbrio físico e mental à mulher e fortalecem vínculo com o bebê (Foto: Pixabay)

Durante a gravidez, diversas atividades podem beneficiar a futura mamãe e o seu bebê. Entre os aliados na busca pelo bem-estar da gestante, as técnicas da fisioterapia proporcionam equilíbrio físico e mental à mulher. A realização dos exercícios não apenas prepara o corpo para o parto, como também evita dores e desconfortos ao longo da gestação.

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“Os programas de exercícios têm como benefício diminuir os sintomas de desconforto e dor do parto, controle da ansiedade, diminuição do tempo de trabalho de parto e do índice de indicação de cesárea”, explica o fisioterapeuta Fábio da Mata, coordenador da equipe multidisciplinar do Hospital Memorial Guararapes (HMG). A unidade oferece às gestantes um quarto especial para o parto humanizado.

O HMG oferece para as gestantes um quarto preparado especialmente para o parto humanizado. Aromoterapia, redução de luminosidade, som ambiente, banheira com hidromassagem, banqueta para parto vertical e bola suíça estão entre as ferramentas da infraestrutura oferecida pelo espaço no hospital.

Vale lembrar que os exercícios fisioterapêuticos devem ser feitos apenas sob a supervisão de um especialista capacitado, uma vez que esse profissional utiliza aparelhos e posturas específicas do uso do seu cotidiano para auxiliar a gestante na hora do parto. A presença de uma equipe multidisciplinar atuando no momento é fundamental para que o procedimento ocorra da melhor forma possível.

Musicoterapia

Após o nascimento do bebê, a música e os benefícios proporcionados pelo seu uso terapêutico em prematuros pode fortalecer o vínculo com os pais durante o tratamento. A técnica humaniza o processo de recuperação do bebê, além de desenvolver o cognitivo e o neurológico do recém-nascido.

O momento com música acontece após a alimentação dos bebês, quando eles ainda estão no colo da mãe ou do pai. A iluminação da UTI é diminuída para que os bebês fiquem ainda mais confortáveis enquanto escutam músicas suaves ou canções de ninar.

“O trabalho de musicoterapia é realizado com os bebês que estão na UTI Neonatal e que não estejam entubados, pois é preciso ficar no colo da mãe ou do pai. Esse contato é de extrema importância, pois o bebê sente a temperatura do corpo da mãe, escuta os batimentos cardíacos, a voz, tudo que já sentia e ouvia desde quando estava no útero. É o que denominamos de maternagem e fazemos questão de fortalecer esse vínculo na UTI Neonatal. Aliamos a isso a música, que ajuda o desenvolvimento neurológico e cognitivo do bebê”, explica a pediatra Rosângela Grizzi, do Hospital Santa Joana Recife. A unidade utiliza a prática há 10 anos.