Depressão afeta mais de 300 milhões de pessoas no mundo, diz OMS

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 23/02/2017 às 15:04
Apesar da existência de tratamentos efetivos para a doença, menos da metade das pessoas afetadas pela condição no mundo recebe ajuda médica (Foto ilustrativa: Free Images)
Apesar da existência de tratamentos efetivos para a doença, menos da metade das pessoas afetadas pela condição no mundo recebe ajuda médica (Foto ilustrativa: Free Images) FOTO: Apesar da existência de tratamentos efetivos para a doença, menos da metade das pessoas afetadas pela condição no mundo recebe ajuda médica (Foto ilustrativa: Free Images)

Da Agência Brasil

O número de pessoas que vive com depressão está aumentando – 18% entre 2005 e 2015, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (23) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A estimativa é que, atualmente, mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades sofram com a doença no mundo. O órgão alertou que a depressão é a principal causa de incapacidade laboral no planeta e, nos piores casos, pode levar ao suicídio. A depressão será o tema de maior destaque a ser tratado no Dia Mundial da Saúde, coordenado pela OMS e lembrado no próximo dia 7 de abril.

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“A depressão é diferente de flutuações habituais de humor e respostas emocionais de curta duração aos desafios da vida cotidiana. Especialmente quando de longa duração e com intensidade moderada ou severa, a depressão pode se tornar um sério problema de saúde”, destacou a organização em comunicado. Os dados mostram que quase 800 mil pessoas morrem em razão de suicídios todos os anos, a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Confira vídeo da TVJC sobre o tema com o psiquiatra Amaury Cantilino, especialista em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento:

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A organização também alertou que, apesar da existência de tratamentos efetivos para a doença, menos da metade das pessoas afetadas pela condição no mundo – e, em alguns países, menos de 10% dos casos – recebe ajuda médica. As barreiras incluem falta de recursos, falta de profissionais capacitados e o estigma social associado a transtornos mentais, além de falhas no diagnóstico.

“O fardo da depressão e de outras condições envolvendo a saúde mental está em ascensão em todo o mundo”, concluiu a OMS, ao cobrar uma resposta compreensiva e coordenada para as desordens mentais por parte de todos os países-membros.