Em uma semana, Pernambuco investiga mais três mortes suspeitas por arboviroses

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 21/02/2017 às 15:55
Aedes aegypti transmite dengue, chicungunha e zika. Essas arboviroses serão destaque do MedTrop, em Pernambuco (Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)
Aedes aegypti transmite dengue, chicungunha e zika. Essas arboviroses serão destaque do MedTrop, em Pernambuco (Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem) FOTO: Aedes aegypti transmite dengue, chicungunha e zika. Essas arboviroses serão destaque do MedTrop, em Pernambuco (Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)

Ao longo de uma semana, Pernambuco notificou três óbitos suspeitos por arboviroses (dengue, chicungunha e zika). Entre os casos, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), estão duas adolescentes – 15 e 16 anos, de Afogados da Ingazeira (Sertão do Pajeú) e de Itapissuma (Grande Recife), respectivamente. Além disso, o Estado ainda investiga a morte de uma mulher de 25 anos, de Altinho (Agreste), como suspeita por arboviroses.

Até o último dia 11, Pernambuco já havia notificado uma morte suspeita por alguma das três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti: um menino de 8 anos, de Timbaúba, Zona da Mata Norte do Estado. Assim, neste ano, já são quatro óbitos suspeitos por arboviroses, segundo boletim epidemiológico divulgado na segunda-feira (20) pela SES. O balanço é referente ao período de 1º de janeiro a 18 de fevereiro deste ano.

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Os casos seguem para investigação e será confirmado ou descartado pelo Comitê Estadual de Discussão de Óbitos por Dengue e outras Arboviroses. Segundo protocolo, é feita investigação domiciliar e hospitalar da morte e das informações complementares do quadro clínico do paciente.

Em 2016

No mesmo período do ano passado, houve a notificação de 112 óbitos suspeitos para arboviroses, dos quais 59 tiveram resultados laboratoriais positivos, sendo 23 (39%) para dengue, 19 (32,2%) para chicungunha, 15 (25,4%) para dengue e chicungunha, 1 (1,7%) para zika e 1 (1,7%) para zika e chicungunha.

Ao longo de todo o ano de 2016, foram registrados 383 óbitos. Até o momento, 161 tiveram resultados laboratoriais positivos, sendo 35 (21,7%) para dengue, 86 (53,4%) para chicungunha, 37 (23%) para dengue e chicungunha, 1 para zika e 2 para zika e chicungunha. Desses, o comitê já confirmou 17 óbitos (8 dengue, 9 chicungunha) e descartou 8 para todas as arboviroses.