No Recife, pacientes com depressão são convidados a participar de pesquisa com tratamento inovador

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 07/02/2017 às 16:55
Serão selecionados pacientes que convivam com depressão há, no mínimo, dois anos e que não tenham apresentado melhora do quadro após terem seguido tratamento com, pelo menos, dois antidepressivos (Foto: Free Images)
Serão selecionados pacientes que convivam com depressão há, no mínimo, dois anos e que não tenham apresentado melhora do quadro após terem seguido tratamento com, pelo menos, dois antidepressivos (Foto: Free Images) FOTO: Serão selecionados pacientes que convivam com depressão há, no mínimo, dois anos e que não tenham apresentado melhora do quadro após terem seguido tratamento com, pelo menos, dois antidepressivos (Foto: Free Images)

A Unidade de Pesquisa Clínica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), ligada à Universidade de Pernambuco (UPE), recruta pacientes que convivam com depressão há, no mínimo, dois anos e que não tenham apresentado melhora do quadro após ter seguido tratamento com, pelo menos, dois antidepressivos.

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Os pacientes participarão como voluntários de um estudo internacional do qual participam 15 centros no Brasil. No Huoc, a pesquisa é conduzida pela psiquiatra Kátia Petribú, professora da UPE e presidente da Sociedade Pernambucana de Psiquiatria. O estudo avalia um tratamento medicamentoso inovador para depressão. Pacientes interessados em participar da pesquisa devem entrar em contato pelo telefone: 81 99665-1404 (falar com Taciana).

Podem fazer parte do estudo pessoas que vivem com depressão maior, que se manifesta por uma combinação de sintomas que interferem na capacidade de trabalhar, estudar, dormir, alimentar-se e apreciar atividades anteriormente prazerosas. Esse episódio incapacitante de depressão pode ocorrer apenas uma vez, porém normalmente repete-se várias vezes na vida do indivíduo.

Confira entrevista na TV JC sobre depressão com o psiquiatra Amaury Cantilino:

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SAIBA MAIS

Num período qualquer de um ano, cerca de 10% da população apresentam um transtorno depressivo, cujo custo econômico é alto, mas o custo em termos de sofrimento humano não pode ser estimado. A depressão causa frequentemente dor e sofrimento, não apenas àqueles que o apresentam o transtorno, como também àqueles ao seu redor.

Muitas pessoas que têm depressão ainda não procuram tratamento (ou não seguem corretamente as orientações médicas), embora a maioria delas, até mesmo aquelas cuja depressão é extremamente grave, possa ser ajudada. Graças a anos de pesquisas, já existem medicações e terapias que aliviam a dor da depressão.

Sintomas

– Humor persistentemente triste, ansioso ou vazio

– Sentimentos de desespero, pessimismo

– Sentimentos de culpa, desvalia, impotência

– Perda do interesse ou prazer em atividades que eram anteriormente apreciadas, incluindo sexo

– Energia diminuída, fadiga, ficar “devagar”

– Dificuldade de se concentrar, recordar, tomar decisões

– Insônia, despertar precoce ou dormir demais

– Perda de apetite e/ou peso ou comer demais e ganho de peso

– Pensamentos de morte ou suicídio; tentativas de suicídio

– Inquietação, irritabilidade

– Sintomas físicos persistentes que não respondem ao tratamento, como cefaleias, transtornos digestivos e dores crônicas