Campanha busca conscientizar danos que a coqueluche pode causar em bebês

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 11/01/2017 às 16:27
Familiares são a principal fonte de infecção por coqueluche em lactentes (Foto ilustrativa: Pixabay)
Familiares são a principal fonte de infecção por coqueluche em lactentes (Foto ilustrativa: Pixabay) FOTO: Familiares são a principal fonte de infecção por coqueluche em lactentes (Foto ilustrativa: Pixabay)

A farmacêutica GSK lançou uma campanha de conscientização sobre a coqueluche, doença infecciosa que compromete o aparelho respiratório humano. Com o lema 'Cuidado, um bebê não está preparado para ter a sua tosse', a ação busca alertar a sociedade sobre um fator preocupante: os familiares são a principal fonte de infecção em lactentes, fazendo com que a enfermidade seja uma das principais causas de mortalidade infantil.

De acordo com estudos, 39% dos casos de coqueluche em lactentes tem como fonte de infecção a mãe, 16% os pais, 5% os avós, e de 16% a 43% os irmãos. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), em 2015 o Brasil registrou 85 mortes causadas por complicações da doença, sendo 94,3% concentradas nos menores de 6 meses de idade. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, em 2008, cerca de 16 milhões de casos de coqueluche ocorreram em todo mundo, dos quais 95% em países em desenvolvimento. Cerca de 195 mil crianças morreram com a doença.

A transmissão acontece de pessoa para pessoa através de tosse ou espirro. Irmãos mais velhos, pais, cuidadores ou contactantes próximos, que muitas vezes não sabem que possuem a doença, podem transmitir a coqueluche para o bebê. A pessoa infectada pode transmitir a doença até aproximadamente 2 semanas após o início da tosse. Os primeiros sintomas podem durar de 1 a 2 semanas e, geralmente, incluem: coriza, febre baixa, tosse leve e ocasional. Os bebês também podem apresentar apneia.

A preocupação dos especialistas é que a coqueluche, em seus estágios iniciais, pode ser confundida com um resfriado. Geralmente não é diagnosticada até que os sintomas mais severes apareçam. As complicações podem incluir sinusite, pneumonia, otite média, perda de peso, incontinência urinária, fratura de costela e desmaio. Mais de 90% das crianças menores de 2 meses que contraem a coqueluche são hospitalizadas devido a complicações associadas à doença.

A coqueluche é uma das principais causas de mortes relacionadas a doenças preveníveis por vacinação no mundo. Por isso, a melhor maneira de prevenir é através da imunização. "Os bebês menores de 6 meses ainda não receberam seu esquema primário completo de vacinação, desta forma é muito importante a prevenção da coqueluche nos familiares que terão contato com o bebê", afirma o Otávio Cintra, diretor médico de Pesquisa e Desenvolvimento e Assuntos Médicos de Vacinas da GSK.

As vacinas contra coqueluche estão disponíveis para crianças, adolescentes e adultos. Para crianças existem as seguintes opções: DTPw (células inteiras), DTPa, Pentavalente (DTPw, hepatite B e Hib ou DTPa, Hib e IPV) e Hexavalente (DTPa, Hib, IPV e Hepatite B). Para adolescentes existem as seguintes opções: dTpa reforço e dTpa IPV, em casos selecionados. Para adultos existe a seguinte opção: dTpa reforço.