Má digestão atinge 40% da população. Especialista dá dicas para combater o problema

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 02/01/2017 às 13:07
Além da má digestão, cerca de 12% das pessoas se queixam da azia. Adotar alguns hábitos podem ajudar a melhorar a saúde digestiva (Foto: Photl.com)
Além da má digestão, cerca de 12% das pessoas se queixam da azia. Adotar alguns hábitos podem ajudar a melhorar a saúde digestiva (Foto: Photl.com) FOTO: Além da má digestão, cerca de 12% das pessoas se queixam da azia. Adotar alguns hábitos podem ajudar a melhorar a saúde digestiva (Foto: Photl.com)

Náusea, dor abdominal e sensação de estufamento após as refeições. Estes são alguns dos sintomas mais frequentes em pacientes que convivem com a má digestão. Esse problema digestivo atinge, segundo a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), entre 20% e 40% da população.

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"Os principais sintomas da má digestão são a sensação de ‘estufamento’ após as refeições, arrotos frequentes, náusea e dor abdominal. Como são sintomas comuns de outras doenças, é muito importante o acompanhamento de um especialista para que possa descartar outras causas como gastrite, úlcera ou refluxo", esclarece o médico endoscopista Bruno Martins, coordenador de comunicação da Sobed.

Ainda segundo Martins, a azia - aquela sensação de queimação no peito ou na garganta que algumas pessoas se referem como acidez - é o principal sintoma da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) e deve ser levada a sério e tratada. “Principalmente porque quase 12% da população urbana no Brasil sofre com retorno do ácido gástrico”, explica.

Alguns hábitos, no entanto, podem ajudar a melhorar a azia e má digestão, contribuindo com uma saúde digestiva adequada. Confira as dicas da Sobed:

1. Emagreça (se estiver acima do peso).

O excesso de peso e acúmulo de gordura corporal geram pressão abdominal, o que acaba dificultando uma digestão adequada.

2. Evite café, chocolate, álcool, gorduras e frituras.

As substâncias presentes nesses alimentos e bebidas relaxam o esfíncter esofágico inferior, possibilitando a volta dos alimentos.

3. Pare de fumar.

O cigarro contém substancias tóxicas que agridem as mucosas do esôfago e do estômago, deixando o trato gástrico propenso, inclusive, à gastrite e úlcera.

4. Procure comer mais vezes ao dia.

O ideal é se alimentar de quatro a cinco vezes por dia, a cada três horas e em pequenas porções. Comer demais pode piorar o refluxo e contribuir para a má digestão.

5. Evite se deitar por pelo menos três horas após a refeição.

É comum o refluxo em pessoas que costumam dormir logo após almoço ou jantar. O fato ocorre devido à ausência de gravidade, que facilita o encaminhamento do conteúdo gástrico para o esôfago quando a pessoa está deitada. Elevar a cabeceira da cama pode ajudar para diminuir o problema.