Projeto desenvolvido no Hospital Agamenon Magalhães amplia número de partos normais

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 29/11/2016 às 14:37
Taxa de partos normais realizados entre mulheres em primeira gestação no início de 2015 era de 26,8%. Atualmente, número ultrapassa os 50%  (Foto: Alexandre Auler / Acervo JC Imagem)
Taxa de partos normais realizados entre mulheres em primeira gestação no início de 2015 era de 26,8%. Atualmente, número ultrapassa os 50% (Foto: Alexandre Auler / Acervo JC Imagem) FOTO: Taxa de partos normais realizados entre mulheres em primeira gestação no início de 2015 era de 26,8%. Atualmente, número ultrapassa os 50% (Foto: Alexandre Auler / Acervo JC Imagem)

Uma das principais unidades de referência para partos de alto risco no Estado, o Hospital Agamenon Magalhães (HAM) conseguiu ampliar o número de partos normais realizados na unidade entre mulheres em primeira gestação. Até o início de 2015, a taxa de partos normais realizados dentro desse grupo era de 26,8%. Atualmente, esse número ultrapassa os 53%. O aumento é um dos resultados obtidos na primeira fase do projeto Parto Adequado, implantado na unidade em abril do ano passado.

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Iniciativa conjunta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI), com apoio do Ministério da Saúde (MS), a iniciativa contemplou um grupo piloto de 26 hospitais da rede pública e privada de todo o País. Dessas unidades, o número de partos vaginais cresceu, em média, 16 pontos percentuais - saindo de 21% em 2014 para 37% ao final do projeto, em 2016.

Com uma média de 300 partos por mês, sendo quase metade desse número de mulheres em primeira gestação, o Hospital Agamenon Magalhães deu início a um processo de mudança na filosofia dos partos. “Além de algumas mudanças relacionadas à estrutura física, fortalecemos a adoção das Boas Práticas ao Parto e Nascimento, recomendadas pela Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde, uma tendência que vem ganhando espaço em hospitais públicos e privados de todo o mundo”, explica a gestora de qualidade do HAM, Marta Baudel.

A unidade também fortaleceu o trabalho desenvolvido pela equipe de pré-natal de alto risco, ação que também contribuiu para o aumento no número de partos vaginais. "Contamos com uma equipe multiprofissional para acolher as gestantes e seus familiares. E temos trabalhado no sentido de sensibilizar e preparar esses pais e mães para o parto e os cuidados com sua saúde", completa a diretora da unidade, Cláudia Miranda.