Estresse é o principal fator que desencadeia dor de cabeça, ressalta pesquisa

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 01/11/2016 às 15:22
Dos entrevistados, 78% dizem ter tido dor de cabeça pelo menos uma vez nos últimos três meses (Foto: Free Images)
Dos entrevistados, 78% dizem ter tido dor de cabeça pelo menos uma vez nos últimos três meses (Foto: Free Images) FOTO: Dos entrevistados, 78% dizem ter tido dor de cabeça pelo menos uma vez nos últimos três meses (Foto: Free Images)

A segunda edição da pesquisa A dor no cotidiano, realizada pelo Ibope Conecta em parceria com Advil, apresentou um panorama sobre as dores que os brasileiros mais sentem. Dos entrevistados, 78% dizem ter tido dor de cabeça pelo menos uma vez nos últimos três meses, 63% relatam dor nas costas e 61% afirmam ter sentido dores musculares em outras partes do corpo. De acordo com o estudo, o estresse é o principal fator que desencadeia a dor de cabeça, enquanto dor nas costas e dores musculares estão relacionadas principalmente à má postura.

Em relação à dor que sentem com mais frequência, as pessoas relatam dor nas costas, que atrapalha a rotina de 64% dos entrevistados pelo menos uma vez por semana. Mas as dores musculares e a dor de cabeça vêm logo atrás, com relatos de 55% e 58% dos participantes, respectivamente.

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A pesquisa contemplou 1,5 mil entrevistas, realizadas pela internet com homens e mulheres, acima dos 16 anos, das classes A, B e C, em todo o País, com base proporcional à da população de internautas do Brasil. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.

ESTRESSE

O médico reumatologista Silvio Figueira Antonio explica que o estresse emocional é um fator determinante para o início, manutenção e amplificação da dor. "Quando estamos estressados, nosso organismo libera substâncias que alteram os neurotransmissores, aumentando a sensibilidade à dor", esclarece. Segundo o especialista, de uma forma geral, a lombalgia é uma das queixas mais frequentes nos serviços de saúde. O reumatologista destaca que o uso excessivo de computador e celular, como também a utilização de mobiliário inadequado no trabalho, contribui muito para o surgimento das dores nas costas e musculares.

"Normalmente, sob situação de esgotamento, acabamos descuidando da alimentação, temos dificuldade para dormir e podemos apresentar ansiedade. Todas essas questões contribuem para o aparecimento e a piora do quadro de dor", destaca Silvio Figueira Antonio, que é presidente da Comissão de Coluna Vertebral da Sociedade Brasileira de Reumatologia e médico do Serviço de Reumatologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.

Mesmo assim, os participantes da pesquisa relatam que a dor de cabeça é a menos tolerada. A principal atitude da maioria daqueles que têm dor de cabeça e não querem desistir de suas atividades é tomar um medicamento. O efeito mais procurado é alívio rápido para poder ter de volta o controle da sua rotina (78% das respostas).