A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) acaba de lançar a campanha 'Não deixe a neutropenia interromper o tratamento', iniciativa para conscientizar a sociedade sobre a doença que reduz a produção dos glóbulos brancos, causando baixa da imunidade. Frequente em pacientes com câncer em quimioterapia, a neutropenia pode ser prevenida a partir da avaliação dos riscos por onco-hematologistas, nas fases pré e durante o tratamento.
"A queda na imunidade prejudica o tratamento e, em casos mais graves, há a necessidade da interrupção da quimioterapia, o que impede a evolução do plano de tratamento do médico para que o câncer seja tratado e curado da melhor forma possível, sem que a qualidade de vida do paciente seja afetada de forma brusca. Por isso é necessário que o médico avalie o risco de neutropenia antes e durante a quimioterapia, a partir de sinais como desnutrição, hemoglobina menor que 12 gl/dl, presença de doenças hepática, renal ou cardíaca", explica o diretor da ABHH, Eduardo Rego.
As doenças onco-hematológicas mais frequentes como Linfoma de Hodgkin, Linfoma Não-Hodgkin, Leucemia Linfocítica Crônica, mieloma múltiplo e síndrome mielodisplásica, necessitam de uma avaliação e atenção especial do hematologista para que a neutropenia não se manifeste. "Atualmente, existem medicamentos que podem ser utilizados de forma profilática, ou seja, antes da queda da imunidade, o que evita a suspensão da quimioterapia, e consequentemente, mantém o bem-estar do paciente", ressalta Rego. A medicação utilizada para profilaxia da neutropenia é injetável e pode ser utilizada apenas uma dose a cada ciclo de quimioterapia.
A ação será lançada oficialmente no Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (Hemo 2016), realizado entre os dias 10 e 13 de novembro, em Florianópolis.
