Colocação de ovitrampas no Porto do Recife permitirá monitoramento do Aedes aegypti

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 12/09/2016 às 15:46
(Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)
(Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem) FOTO: (Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)

Imagem de larvas do Aedes aegypti (Foto: Alexandre Gondim / JC Imagem) Colocação de ovitrampas (armadilhas que simulam o ambiente ideal para a proliferação do Aedes aegypti) permitirá monitorar Porto do Recife, que recebe quase 30 mil visitantes em período de cruzeiros (Foto: Alexandre Gondim / JC Imagem)

A partir desta terça-feira (13), uma parceria firmada entre a Prefeitura do Recife e a administração do Porto do Recife vai permitir que a estratégia de monitoramento do mosquito Aedes aegypti na área portuária seja intensificada, através da instalação de 92 ovitrampas. As armadilhas serão colocadas pela equipe de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde em toda área do Porto. Atualmente, há quase 800 ovitrampas espalhadas em pontos estratégicos de toda a cidade.

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A estratégia de controle consiste na coleta das palhetas (local onde as fêmeas depositam os ovos) a cada 15 dias, para contagem dos ovos em laboratório, permitindo monitorar a infestação do mosquito Aedes aegypti. Com o diagnóstico, serão emitidos relatórios que vão nortear a realização de medidas de controle em toda a área – aspiração de mosquitos alados, tratamentos focal, perifocal, além de ações educativas para trabalhadores do local e de visitantes.

Saiba mais

O Porto do Recife fica no Bairro do Recife e ocupa um território de 511.406 mil metros quadrados. No período de 2015/2016, de acordo com a administração do Porto, quase 30 mil viajantes de 25 navios passaram pelo local. O Porto do Recife conta ainda com 160 funcionários, além de trabalhadores de outras 19 empresas instaladas no Porto, contabilizando-se também mais de 1,5 mil pessoas, que trabalham na área, vinculadas ao Órgão Gestor de Mão de Obra, além de motoristas de caminhão que transportam as cargas.

As ovitrampas são armadilhas feitas de garrafas pet pintadas de preto que simulam o ambiente ideal para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Dentro do pedaço de garrafa, há água e larvicida biológico, além de uma palheta feita de folha de Eucatex, que é onde as fêmeas depositam os ovos. O objeto serve para avaliar a infestação do local de modo mais preciso.

A cada quinze dias, agentes de saúde ambiental e controle de endemias trocam a água e recolhem as palhetas, que são analisadas no laboratório do Centro de Vigilância Ambiental do Recife. A Secretaria de Saúde orienta que as pessoas não produzam a armadilha em casa, de forma caseira.