Praticar esportes pode parecer impossível para quem convive com asma, mas especialistas alertam que atividades físicas podem melhorar condicionamento físico e capacidade respiratória (Foto ilustrativa: Wikimedia Commons)
Quem convive com asma sabe que o acompanhamento médico e o tratamento adequado são essenciais para a qualidade de vida do paciente. Muitos, no entanto, pensam que a prática de esportes é um hábito não aconselhável para quem tem o diagnóstico da doença. Pelo contrário, optar por esses exercícios ameniza ainda mais os sintomas da condição. É o que dizem os especialistas.
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"Quando o paciente tem asma não controlada, existe o risco de crises induzidas pelos exercícios físicos. Mas em combinação com tratamento medicamentoso que mantém a asma controlada, a atividade física melhora o condicionamento cardiorrespiratório do asmático e, consequentemente, a tolerância ao esforço", explica o pneumologista Mauro Gomes, diretor da comissão de infecções respiratórias da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia.
Dentre os esportes, recomenda-se a prática de atividades aeróbicas quando o paciente está com a sua asma controlada. A natação é um dos esportes aeróbicos sempre recomendados. Outras modalidades esportivas também são indicadas, dentre elas: corrida, ciclismo, remo, futebol, basquete e vôlei.
"O ideal é que se inicie com intensidade leve e vá aumentando aos poucos, mas sempre com acompanhamento médico e sob o uso da medicação regular para a asma. O paciente que tem asma e que não está com a doença bem controlada não será capaz de acompanhar e nem de obter os benefícios da atividade física", ressalta o especialista.
Por isso, ter asma não significa que os exercícios físicos estão proibidos. "Não podemos deixar que a asma seja justificativa para o sedentarismo. Se mantiver o tratamento regular ao longo de todo o ano e a doença sob controle, é possível ter uma vida normal como a pessoa que não tem asma, sem qualquer limitação", finaliza o médico.
Controle da doença
Segundo a Global Initiative for Asthma (Gina), quatro indícios indicam que a doença ainda não está controlada e precisa ser monitorada por um especialista. São eles: sintomas diurnos mais de duas vezes por semana; qualquer despertar noturno causado pela doença; uso de medicamentos para alívio da falta de ar mais de duas vezes por semana e se a condição estiver limitando as atividades cotidianas.